Durante um evento na manhã de hoje, dia 14, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), hipotecou apoio ao movimento de paralisação das prefeituras de Alagoas que se iniciou nesta segunda-feira e segue até a sexta-feira, dia 18.

A ideia é que os municípios paralisem os serviços públicos e secretarias, com exceção da rede de Educação e dos serviços de urgência e emergência da Saúde, como explicou o presidente da AMA, de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão (PTB).

Palmeira coloca que – em função da arrecadação da Prefeitura Municipal de Maceió – não pode aderir a paralisação de uma semana, mas “de forma simbólica” vai apoiar a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) “porque também vem sofrendo com a crise”.

“Todos os municípios estão em situação alarmante”, coloca Rui Palmeira. “Não podemos paralisar durante uma semana, por conta do prejuízo. Mas vamos fazer a adesão simbólica na sexta-feira. Paralisaremos a parte administrativa sem prejudicar os serviços”, frisou.

O tucano lembrou da queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “A queda de 38% foi terrível. Somos solidários aos municípios menores, porque sofrem mais. A situação tem assustado a todos os gestores diante do momento de dificuldade”. Para Rui Palmeira, o governo federal não vem correspondendo.

“O que o Brasil precisa é de um ajuste. Estamos vendo aí a inflação, os juros e o desemprego. Estamos em uma luta para que a presidente – no caso de Maceió – tenha sensibilidade de liberar empréstimos. O Brasil precisa de investimentos em infraestrutura. O governo federal já que não consegue financiar investimentos, precisa liberar os empréstimos para capital alagoana e outras capitais, porque é dinheiro na veia das cidades. Estamos buscando isto porque são obras de saneamento, pavimentação e obras importantes para Maceió”, colocou.

Rui Palmeira ainda lembrou da “luta da Frente Nacional dos Prefeitos na busca por recursos”. “É torcer por um ajuste que consiga fazer com que o país saia deste péssimo momento de recessão. O país deve encolher 3% este ano e isto é péssimo. Que o país possa sair do atoleiro”

O prefeito de Maceió finalizou dizendo que as prefeituras não agüentam mais “levar barrigada do governo federal” para dificuldade o acesso dos municípios ao dinheiro, já que as cidades possuem a menor participação no bolo dos impostos. 

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