Depois de reunião com o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), o prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão, o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá deu declaração de apoio ao movimento de paralisação. Jucá fez apenas a ressalva de que – como combinado na assembléia dos prefeitos no dia 11 – os gestores municipais não parem serviços essenciais como Saúde (urgência e emergência) e Educação.
Beltrão esteve no Ministério Público Estadual, no final da manhã de hoje, dia 14, para comunicar o procurador Sérgio Jucá sobre a decisão colegiada da AMA. Na sexta-feira passada, 66 prefeitos aprovaram – por maioria – a paralisação de cinco dias, se iniciando nesta segunda-feira e encerrando na sexta-feira, dia 18, com um ato de protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Os prefeitos querem aproveitar a presença de Dilma em Alagoas para chamarem a atenção da população para a crise vivenciada nas cidades alagoanas. De acordo com Beltrão, devido à queda do FPM e o desfinanciamento de alguns programas federais, os prefeitos estão tendo dificuldades de alinhar receitas e despesas.
Por meio da assessoria de imprensa, Sérgio Jucá destacou que o “Ministério Público apóia a iniciativa dos prefeitos, desde que mantidos os serviços essenciais”. O procurador-geral ainda foi duro com o governo federal diante do atual momento de crise. De acordo com o chefe do órgão ministerial, “é preciso que eles (os prefeitos) denunciem à nação essa política irresponsável da União de reduzir o valor das transferências constitucionais”.
Sérgio Jucá criticou o fato das perdas nas transferências diante do cenário atual em que o governo federal de Dilma Rousseff não sinaliza com “diminuição de seus vultuosos gastos”. O procurador-geral ainda criticou a falta de empenho no “combate eficiente que graça em Brasília”.
Havia – nos bastidores políticos – uma expectativa em relação à posição do Ministério Público Estadual. Alguns esperavam uma posição contrária do MPE condenando o que seria classificado como “greve dos prefeitos”. Marcelo Beltrão nega que seja uma grave, mas afirma que a paralisação é uma situação extrema para alerta a população sobre o que as cidades estão passando.
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