Durante entrevista ao programa Jornal do Povo – conduzido por este blogueiro, na Rádio Jornal AM-710 – o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), o prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão (PTB), respondeu ao apelo feito pelo governador Renan Filho (PMDB) para que os prefeitos não paralisassem as atividades hoje.

Renan Filho chegou a pedir – durante uma coletiva improvisada, em um evento – que os prefeitos não paralisassem os serviços de Educação, Saúde e todos que pudessem prejudicar a população. Beltrão disse que o governador talvez “estivesse mal assessorado”, pois a paralisação das prefeituras “foi pensada justamente no sentido de não prejudicar a população, mas de dar um alerta”.

“Eu entendo a preocupação do governador, mas quando decidimos parar pesamos tudo isto e não estamos prejudicando a população. Os serviços de Educação estão mantidos e a Saúde continua funcionando na urgência e emergência, então não tem o que o governador se preocupar. Acredito que a assessoria dele não o informou o que de fato aconteceu na reunião da AMA na sexta-feira passada, dia 11”, colocou o presidente da entidade.

Marcelo Beltrão reconheceu que o governo do Estado de Alagoas também passa por situação semelhante a dos prefeitos, tendo que fazer cortes. “O governador tem feito isto e sabe da dificuldade que tem sido alinhar receita e despesa. No caso do governo, há uma vantagem: o governador está no início do governo. Nós estamos no final, o que dificulta ainda mais”.

“Nós não vamos prejudicar a população, mas precisamos que ela fique alerta e atenta a atual situação do país. O que o governador pediu é o que estamos fazendo”, frisou.

Beltrão ainda falou da expectativa do governo federal em relação aos cortes que estão sendo prometidos: de R$ 20 bilhões. “Tem que saber o que é que vai ser cortado. O governo federal não pode mais cortar em obras, mas na carne, com folha de pagamento, ministérios, cargos comissionados. Até agora, o governo federal só tem cortado na carne dos outros”.

Em entrevista à imprensa, o governador Renan Filho fez o apelo para que os prefeitos não fechassem as administrações municipais por avaliar que esta “não seria a melhor saída”. “Eu compreendo a situação dos prefeitos. O Estado passa por um momento que não é bom, mas não vejo como solução correta parar tudo. A população não pode pagar de novo”.

Na avaliação do chefe do Executivo, “se as prefeituras param criam mais dificuldades para as pessoas”. E seguiu: “Eu não quero polemizar, por isto entendo e compreendo a dificuldade de todos. Eu faço o apelo para que a Prefeitura volte, não pare Educação ou Saúde. Não se pode parar serviços essenciais” 

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