O parlamentar alagoano e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP) rebateu – em entrevista ao CadaMinuto Press – as acusações de envolvimento com o esquema de corrupção apurado pela Polícia Federal na Operação Lava jato.

De acordo com Lira, ele não foi indiciado como informou a imprensa nacional. O pepista diz que a Polícia Federal encaminhou um relatório para o Supremo Tribunal Federal (STF) e que – em função das prerrogativas de deputado federal – cabe à Justiça, agora, decidir se vai indiciar ou não.

Conforme as informações da Polícia Federal, Lira é suspeito de prática de crime de corrupção passiva. Segundo matéria da Folha de São Paulo, o parlamentar – e o senador Benedito de Lira (PP), que é seu pai – teriam dívidas de campanhas eleitorais pagas pelo doleiro Alberto Yousseff.

Além disto, ambos teriam recebido propinas por meio de doações eleitorais oficiais resultantes de esquema de corrupção na Petrobras. Yousseff teria apontado Arthur Lira e Benedito de Lira – em delação premiada – como beneficiários do suborno pago por empresas fornecedoras da Petrobras.

No relatório, a PF afirma que a delação foi confirmada por outras provas testemunhais e documentais, como noticiou o CadaMinuto Press na manhã de hoje.

Arthur Lira – em contato com este blogueiro – afirma que a matéria erra quando diz que ele foi indicado. Ao entrar no mérito das acusações afirma que “todas as doações recebidas para sua campanha eleitoral são lícitas, assim como a origem dessas doações”.

“Não tenho envolvimento com nenhum tipo de ilicitude. Tais esclarecimentos já foram demonstrados durante os depoimentos prestados e a partir dos documentos apresentados durante as investigações”, afirma.

“Não se trata de indiciamento e sim da entrega do relatório final da investigação da Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal, que o encaminhará ao Ministério Público Federal”.

Benedito de Lira

Quem também comentou o assunto foi o senador Benedito de Lira. O parlamentar – assim como o deputado federal – já alegou inocência outras vezes, ao ser citado durante as investigações.

Lira diz que “não tem envolvimento com essas pessoas (o doleiro Alberto Yousseff e demais delatores) nem com mal feitos. O pedido de indiciamento é um equívoco, pois tem como referência uma doação declarada na prestação de contas da campanha eleitoral de 2010”.