A possível ida do ex-secretário de Infraestrutura da Era Vilela, Marco Fireman para o comando da CBTU causou reação nos bastidores políticos. O fato é o seguinte: Fireman era dos quadros do PSDB – partido de oposição ao governo federal – e chegou a estar presente em manifestações de ruas que pediam o impedimento da presidente.

Agora, filiado ao PP, Fireman é cotado para um órgão da estrutura federal por indicação do senador Benedito de Lira. De um campo ao outro.

A nomeação é dada – ao menos nos bastidores – como quase certa, mas Fireman – em conversa com este blogueiro – ressaltou que “não há nada definido ainda quanto à ida para a CBTU. Poderá ser uma experiência interessante para a minha vida profissional. Eu recebi um convite, mas não tem nada definido ainda”.

Indaguei Marco Fireman sobre as contradições apontadas por alguns críticos. O ex-secretário de Infraestrutura responde que está filiado no PP há quase três meses. “Sou uma pessoa disciplinada dentro da doutrina partidária. Hoje, o partido ao qual sou filiado é da base governista. Amanhã poderá não ser. Encaro isto com naturalidade. Faz parte do sistema político brasileiro”.

É difícil de compreender – em minha visão – este raciocínio fruto dos “32 tons de vermelho” – como diz o cientista político Bruno Garschagen – do nosso sistema político. Há uma razão nos críticos que apontam uma contradição na nomeação de Fireman, bem como em sua postura. Uma crítica que pode sim ser feita.

Um ponto na resposta do ex-secretário chama a atenção. Fireman diz que “antes pertencia a um partido de oposição no qual teve uma grande decepção”. “Agora, apoiei o senador Benedito de Lira tanto para o Senado, quanto para o Governo. Eu tenho uma relação política com ele há um tempo, mas não tem nada definido quanto a CBTU”, finalizou.

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