Iria publicar este texto em dias anteriores, mas devido outras pautas acabei guardando para outro momento, pois bem: trata-se das declarações do coordenador e deputado federal Ronaldo Lessa (PDT) durante a reunião da bancada com o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB).

Durante o evento, Ronaldo Lessa foi questionado sobre a possibilidade de aliança política – pensando nas eleições de 2016 – com o prefeito de Maceió. Apesar de afirmar que este não é o momento de discutir grupos políticos, o pedetista disse que “não há defeito em Rui Palmeira que o macule afastando a possibilidade de uma aliança” entre o próprio Lessa e o chefe do Executivo municipal.

Ronaldo Lessa frisou que não seria candidato no próximo ano. Com isto, dentro da bancada federal, há pelo menos duas possibilidades de candidaturas à Prefeitura de Maceió: os parlamentares Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT) e Cícero Almeida (PRTB). Os dois estão – a se julgar pelos mais recentes processos históricos e pelos partidos – mais próximos de uma aliança em que inclua o PDT de Lessa.

São prováveis adversários políticos do atual prefeito.

Mas, o ex-governador pedetista volta afirmar: “é muito cedo para se avaliar isto”. “Por que tem que ser esta a pergunta: escolher entre Rui e Cícero? É muito cedo. E as outras opções. Trazer o assunto eleição para este momento não ajuda em nada. E esta não pode ser a função da bancada federal. O momento é de unir forças para ajudar a capital alagoana e nos reunirmos com o prefeito e saber deles as necessidades da cidade. Ganha o prefeito e ganha o deputado que vai poder mostrar seu trabalho”.

De acordo com o ex-governador, buscar ouvir o prefeito e abraçar os projetos que a Prefeitura de Maceió tem neste momento “não é apoiar Rui Palmeira”. “Agora, não é por ser de um partido que está em campo oposto ao PSDB que eu vou discriminar o prefeito Rui. Não posso fazer isto por conta de não ter aliança política com ele”.

Ronaldo Lessa foi indagado sobre como vê a gestão tucana da capital. Respondeu: “a gestão de Rui enfrenta problemas como a de tantos outros prefeitos neste momento de crise. Não vou dizer aqui que ele está mal ou bem avaliado porque não tenho estes dados, o que tenho é a minha obrigação como deputado de ajudar. Temos este compromisso com a sociedade e com o povo. O deputado não pode ficar omisso”.

O pedetista coloca ainda que vai definir o rumo político do partido mais próximo da “hora da disputa eleitoral”. “Enquanto este momento não chega, espero que a gente da bancada some esforços, como já nos reunimos com o governador. De junho do ano que vem em diante é que cada um vai para o seu lado para a disputa eleitoral. Então, temos que aproveitar este momento enquanto a questão eleitoral não atrapalha”.

Ainda sobre a possível aliança política com Rui Palmeira, Lessa lembra da divergência histórica – nascida em 2007 – com o PSDB do ex-governador Teotonio Vilela Filho e brinca: “se o Rui quiser vir para o PDT quem sabe não tem o apoio (risos)? Estou brincando. Como disse, tudo há possibilidade na vida. O Rui Palmeira é uma pessoa séria. Pode estar tendo suas dificuldades, ou não correspondendo ao que ele mesmo gostaria de estar perante a opinião pública, mas não há defeito no Rui que macule o fato de que eu posso estar ao lado dele. Eu não faço política com meu fígado”. 

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