O que emperra a nomeação do futuro conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas? Outras questões prioritárias? Motivações políticas? Uma análise minuciosa a ser feita pelo governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB)? Enfim... ou simplesmente nada a não ser o fato do Executivo ainda não ter dado a devida atenção a uma simples escolha de um entre três nomes de procuradores do Ministério Público do Estado de Alagoas.

O fato é que desde o dia 22 de junho deste ano que a lista tríplice com os nomes dos procuradores que “disputam” a cadeira de conselheiro do TCE/AL está nas mãos do governador Renan Filho. Mais um mês. A última vez que conversei com o chefe do gabinete Civil, Fábio Farias, foi dito que o chefe do Executivo só iria decidir pela nomeação após conversar com cada um dos procuradores em particular.

O Ministério Público de Contas está em uma “espera histórica”. Afinal, o órgão ministerial já brigou por esta cadeira em outras oportunidades. Na mais recente, em uma disputa judicial, a batalha foi contra a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. O parlamento estadual levou a melhor. Os deputados estaduais acabaram indicando o ex-presidente do Legislativo, Fernando Toledo para a cadeira de conselheiro.

Um prêmio de consolação para Toledo após ter tido uma administração desastrosa no comando da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. A era do tucano Fernando Toledo foi marcada por escândalos e falta de transparência daquele poder. Mas este é outro assunto, vamos nos ater as nomeações.

Farias – quando conversou comigo pela primeira vez – disse que não havia prazo para a nomeação, mas acreditava que ela ocorreria dentro de 30 dias. Ou seja: ao final do mês de julho. Estamos em cinco de agosto. A escolha do governador ainda não foi feita.

Sabe-se que dentro do Tribunal de Contas há uma disputa política em relação ao próximo conselheiro. O motivo? O futuro ocupante da cadeira pode chegar como voto de minerva a decidir a futura administração do TCE, já que a disputa pela presidência vindoura se dará entre o grupo que marcha com Otávio Lessa (o atual presidente) e aquele que estará ao lado do ex-presidente Cícero Amélio.

Será que isto influi em algo na escolha do governador? É uma pergunta... Concorrem ao cargo os procuradores Enio Andrade Pimenta, Gustavo Henrique Albuquerque Santos e Rodrigo Cavalcante. Cabe agora ao governador Renan Filho a escolha de um dos nomes. Claro que não é a prioridade das prioridades do chefe do Executivo, mas é algo que não leva muito tempo e pode ser feito a qualquer momento. É só assinar. 

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