De acordo com informações dos bastidores do PTB, as acusações contra o senador Fernando Collor de Mello (PTB) – de recebimento de propina – têm dividido opiniões dentro da legenda. Porém, não se trata de uma “divisão na metade”. É uma minoria que presta apoio ao senador alagoano em virtude da gravidade do que é apontado pela Operação Lava-jato.

Há quem queira – como divulgou Época – Collor fora da legenda. Esta não é uma discussão nova. Antes mesmo da operação – quando ainda se discutia uma possível fusão entre o PTB e o Democratas – a presença de Fernando Collor de Mello na legenda já era questionada.

Collor ingressou no PTB ainda no começou de seu primeiro mandato como senador, em 2007. Fernando Collor de Mello foi eleito, a primeira vez, pelo minúsculo PRTB do ex-candidato à Presidência da República, Levy Fidélix. Atualmente, a maior expressão do PRTB é o ex-prefeito de Maceió e deputado federal, Cícero Almeida. O único parlamentar federal da nanica legenda.

O senador alagoano abandonou o PRTB e entrou no PTB. De lá pra cá, já disputou o governo do Estado de Alagoas sendo derrotado ainda no primeiro turno e se reelegeu senador no ano passado. Collor tinha como forte aliado na legenda Roberto Jefferson, que foi condenado no mensalão. Todavia, agora, nem Cristiano Brasil – que é presidente da legenda e filha de Jefferson – se sente bem com a presença de Collor. É o que apontam os bastidores.

Quem sai em defesa do senador é o deputado Campos Machado (São Paulo). Ele, conforme a revista Época, tem defendido que é uma “questão de honra” prestar apoio a Collor de Mello. Diz que ao partido não cabe julgar, mas esperar pela Justiça.

Fernando Collor de Mello – que é citado em delações premiadas – foi um dos alvos da Operação Politeia, derivada pela Lava jato, quando teve seus carros de luxo apreendidos. O senador foi parar no olho do furacão da mais importante operação federal da história da República.

Vale citar que não é o único alagoano. Também estão sendo investigados os outros dois senadores por Alagoas: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e o senador Benedito de Lira (PP). Além deles, o deputado federal Arthur Lira (PP). Todos – incluindo Collor, obviamente – alegam inocência. 

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