Fiscais da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) e da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) constataram que 9 das 13 unidades de saúde vistoriadas apresentaram algum tipo de problema. Bolsas de sangue no chão, toneladas de lixo mal acondicionadas estão entre as irregularidades encontradas.

Durante duas semanas fiscais estiveram em 13 hospitais e mini prontos-socorros no intuito de identificar possíveis irregularidades no descarte de resíduos produzidos pelas unidades de saúde.

Carlos Tavares, coordenador de fiscalização da Slum disse que “em geral, aonde chegamos para fazer as fiscalizações temos encontrado uma situação melhor. Houve um hospital que o local de armazenamento de lixo parecia uma sala de estar. Nesse caso, eu daria uma nota dez”.

Problemas

Porém, alguns problemas continuam. No caso dos mini prontos-socorros, o problema estava na falta de contrato com empresa licenciada para recolhimento do lixo comum – ainda era a Prefeitura que realizava a coleta. O único regularizado era o Dom Miguel Câmara, em Chã de Jaqueira.

Como toda unidade de saúde se enquadra no caso de grande gerador – aquele que gera mais de 100 litros de resíduos por dia –, além de apresentar um contrato para o recolhimento do lixo infectante, fato comprovado em todas as unidades visitadas, ela também deve ter outro contrato com empresa licenciada para recolhimento do lixo comum.

“Nós demos um aprazo de dez dias úteis para que eles contratem uma empresa para regularizar a coleta do lixo comum”, explicou Carlos Tavares. “Caso eles não regularizem no prazo, daremos um novo auto de infração com a Sempma e a coleta pela Prefeitura será suspensa imediatamente”, garantiu o coordenador.

Autuação

Um dos problemas identificados estava relacionado ao armazenamento inadequado. No caso do Hospital do Açúcar, foram encontradas três toneladas de lixo infectante armazenadas de modo irregular – fora das bombonas. O hospital foi notificado pela Slum e recebeu um prazo de 24 horas para providenciar o recolhimento da carga, além de ser autuado pela Sempma.

“Em menos de 24 horas a unidade hospitalar providenciou o recolhimento e apresentou o documento comprovando a destinação final adequada dos resíduos”, assegurou Carlos Tavares.

Já no Hospital Geral do Estado (HGE) foi encontrada uma bolsa de sangue junto ao lixo comum e no Lacen havia 500 quilos de lixo infectante misturado ao lixo comum. Problemas de armazenamento também foram identificados no Hospital Rita de Cássia e no Hospital Unimed. Todos foram autuados e notificados.

“Todos eles resolveram a situação e apresentaram a defesa dentro prazo. Porém, como foram autuados pela Sempma, eles devem responder um processo por lá”, esclareceu o coordenador de fiscalização.

A Slum confirma que as operações vão continuar e que os próximos alvos serão os postos de saúde da rede municipal. “Nós não vamos relaxar. Vamos continuar com as fiscalizações”, alertou.

Abaixo, você confere a lista com o nome de todas as unidades vistoriadas durante a operação de fiscalização realizada em conjunto pela Slum e pela Sempma:

 

- Hospital Rita de Cássia

- Hospital do Açúcar

- Hospital Arthur Ramos

- Hap Vida

- Hospital Vida

- Hospital Sanatório

- Hospital Escola Dr. Hélvio Auto

- Hospital Geral do Estado (HGE)

- Hospital Universitário

- Santa Casa de Misericórdia

- Hospital Nossa Senhora da Guia

- Hospital Unimed

- Lacen

- Mini Pronto Socorro Dr. José Fireman (Jacintinho)

- Mini Pronto Socorro Assis Chateaubriand (Tabuleiro)

- Mini Pronto Socorro Denilma Bulhões (Benedito Bentes)

- Mini Pronto Socorro Dom Miguel Câmara (Chã da Jaqueira)

- Mini Pronto Socorro Noélia Lessa  (Levada)

*Com assessoria