O deputado estadual Galba Novaes (PRB) – desde o início desta legislatura, queira ele ou não – tem se postado como o mais ferrenho opositor à Mesa Diretora presidida pelo “silencioso” Luiz Dantas (PMDB).

O silencioso em questão é por conta das explicações em relação aos questionamentos feitos à Mesa Diretora serem sempre respondidos não pelo presidente, mas pelo primeiro-secretário Isnaldo Bulhões (PDT) ou pelo vice-presidente e líder do governo, Ronaldo Medeiros (PT). Dito isto, voltemos ao tema.

Novaes se destaca no papel de cobrar mais transparência da Casa de Tavares Bastos. Vale ressaltar: este foi o mote da campanha de Dantas quando concorreu à presidência da Mesa contra Novaes. O deputado do PRB teve apenas o voto dele. Dantas, por sua vez, arrastou a imensa maioria em função do acordo político firmado e do apoio do Palácio República dos Palmares.

Porém, mesmo prometendo uma nova Casa, até aqui a transparência não passou de promessas. O emprego dos recursos destinados ao parlamento estadual continua sendo um mistério. A lista dos comissionados da Casa de Tavares Bastos segue desconhecida. Além disto, a reforma administrativa – aprovada em plenário – não foi bem explicada em sua criação de cargos e impacto nos custos do parlamento.

Por sinal, a reforma foi duramente criticada por Galba Novaes que fará questionamentos ao Ministério Público Federal (MPF), provocando-o; e, mesmo em recesso, encaminhou solicitações ao presidente Luiz Dantas para que este possa dar maiores esclarecimentos em relação aos cargos e valores a serem pagos aos nomeados.

Ao MPF, Novaes quer providências em relação ao imposto de renda dos servidores da Casa, que é retido, mas não tem sido repassado ao Tesouro Nacional. Para quem não lembra, algo semelhante foi detectado na Operação Taturana, lá em 2007. Ou seja: já deveria ter sido corrigido há muito tempo.

Aliás, desde 2007 – mesmo com uma operação federal que revelou um desvio de mais de R$ 300 milhões – que o parlamento estadual se nega a ser transparente. Já descumpriu até decisão judicial neste sentido.

Em relação à reforma administrativa, Novaes questionada a necessidade da contratação de 120 novos cargos. O questionamento já é até antigo, mas não foi respondido. É um ponto pendente que precisa ser o quanto antes esclarecido pela Mesa Diretora. Se não por meio do silencioso presidente, que ao menos falem os que costumam buscar esclarecer os fatos: Ronaldo Medeiros e Isnaldo Bulhões. 

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