Mobilidade urbana. Este tem sido um dos temas principais nas administrações públicas das cidades brasileiros que buscam – apesar do momento de crise – recursos de toda ordem para investimentos neste sentido. Em Maceió, não é diferente.
O prefeito Rui Palmeira (PSDB) já vem demonstrando esta preocupação – como se viu nas recentes entrevistas – principalmente em relação à locomoção. Uma cidade deve ser planejada para pedestres e não para motoristas. Isto incluiu – obviamente – melhorias no transporte público de massas.
A grande aposta da Prefeitura de Maceió para uma considerável melhoria em curto e médio prazo é a licitação dos ônibus da capital alagoana. O assunto é tema de debates desde a gestão passada, mas só agora andou. É uma questão de honra para a Prefeitura de Maceió finalizar este processo ainda no segundo semestre deste ano.
Uma alternativa seria o Veículo Leve de Trilhos (VLT). Hoje – em Maceió – o veículo é apenas utilizado no trecho Maceió-Rio Largo, o que o faz praticamente inexistente quando se lembra do que era prometido em gestões passadas. O VLT foi até mote de campanha – por duas vezes – do senador Benedito de Lira (PP), que se orgulhava da influência junto ao Ministério das Cidades para trazer os recursos.
Na gestão do ex-deputado federal Cícero Almeida (PRTB) – quando este era prefeito – houve até coletiva mostrando como o VLT ficaria pelas ruas da capital alagoana. Mas, anos se passaram e o VLT não chegou. Sempre se acreditando nos investimentos federais. A atual gestão municipal lembra que este é um projeto que envolve o governo federal e o governo estadual, que não depende da Prefeitura de Maceió.
A ideia da gestão de Palmeira era apenas apoiar a implantação, em virtude de seus benefícios. Trago aqui uma informação que foi colocada pelo jornalista e colunista da Tribuna Independente, Flávio Gomes de Barros.
De acordo com o jornalista, Rui Palmeira perdeu a esperança em relação ao sonhado VLT que faria o percurso da Praça Centenário ao Aeroporto. Provavelmente também não saia a linha de VLT no bairro de Jaraguá. A desesperança de Rui Palmeira é fruto do não cumprimento de promessas por parte do governo federal.
As obras foram prometidas publicamente pela presidente Dilma Rousseff (PT), quando em visita a Maceió. Outras obras também devem não acontecer por conta dos cortes de investimentos do governo federal. São elas: a duplicação da Via Expressa e da Avenida Cachoeira do Mirim.
A ideia agora é buscar recursos em parcerias público-privadas e empréstimos externos para ações neste sentido. Ainda sobre o VLT, o secretário de Comunicação da Prefeitura de Maceió, Clayton Santos, reafirma que a promessa é do governo federal em parceria com o estadual e que a administração municipal apenas daria o apoio.
“Nos guias eleitorais isto ficou bem claro que o VLT é uma obra da União”, frisou. O secretário ainda lembrou que o governo federal não honrou os R$ 180 milhões do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) da mobilidade urbana.
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