Durante uma coletiva – na manhã de hoje, dia 21 – o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), conversou sobre a possibilidade da paralisação dos servidores públicos estaduais que formam o Movimento Unificado.
Os servidores – conforme a Central Única dos Trabalhadores (CUT) – cobram um reajuste de 6.41%, mas o governo só oferece 5%. Isto causou um entrave entre servidores e o Executivo. Na sexta-feira passada, dia 17, a CUT organizou a ocupação da Secretaria Estadual da Fazenda de Alagoas.
A própria CUT depois coloca que o governo deve retaliar a ação da ocupação com ação judicial em função de “prejuízos causados” a pasta. Sobre este “tensionamento” entre funcionários públicos e administração estadual, o governador colocou que “a possibilidade de greve geral não está descartada”. Ao dizer isto, Renan Filho conclamou para o diálogo.
“Que se ressalte, este governo – quando comparado aos outros – tem dialogado de forma bem mais franca e transparente. É preciso evitar o radicalismo”, frisou o chefe do Executivo. De acordo com Renan Filho, “não está sendo fácil” conseguir dar reajuste aos servidores em função do momento da crise econômica vivenciada pelo país e pelo Estado.
As mesmas colocações de sempre, portanto.
“Mas temos possibilidades e janelas para conseguir negociar com o servidor. É importante manter o diálogo sem radicalismo de qualquer parte. O governo que não ouve, erra. O governo tem estado aberto às ideias. Vamos buscar conversar com todos os setores”, ressaltou ainda o governo.
Falei sobre as colocações que a CUT faz aqui neste blog em postagem anterior.
Além do governador, o secretário de Planejamento, Christian Teixeira, também se pronunciou a respeito da situação. De acordo com ele, “o governo tem assinalado no sentido de propiciar melhores condições de remuneração para os servidores, mas não pode se arriscar a conceder aquilo que não possível cumprir”.
O que se observa é que tudo se encaminha para uma greve geral. De um lado, o governo do Estado afirma que não dá para ir além da proposta já posta. Do outro, a CUT acredita que o Executivo falta com a verdade e erra nos cálculos sendo possível parcelar os 6.41%. Infelizmente, quem acaba sofrendo é a sociedade diante dos serviços que podem sofrer com a paralisação.
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