A Central Única dos Trabalhadores (CUT) deve endurecer o discurso em relação ao governo do Estado de Alagoas. É o que se pode perceber ao ler a matéria do jornal Tribuna Independente, na manhã desta terça-feira, dia 21, em matéria assinada pela jornalista Andrezza Tavares.

A CUT parece já não esperar mais espaços para diálogos em um governo que é formado por partidos que são umbilicalmente ligados aos movimentos de trabalhadores e sindicatos como o PT e o PCdoB. A retaliação – na visão da Central Única – vem por conta da ocupação feita ao prédio da Secretaria Estadual da Fazenda.

Para um dos dirigentes da CUT, o governo está se apegando a picuinhas de um “prejuízo que não existe” em relação à ocupação do prédio da Fazenda. “O governo está encaminhado mal as negociações. Reajuste de 5% parcelado em três vezes muito aquém do que os trabalhadores precisam”.

Em função dos encaminhamentos que estão sendo dados às negociações (ou não estão sendo dados), os servidores públicos devem paralisar por 72 horas. O que a CUT cobra: ao invés dos 5%, 6.41% parcelado. Em entrevista a este blogueiro, Isac Jackson até frisou que os servidores já estavam abrindo mão do ganho real.

Ao falar com a Tribuna, Isac Jackson disse que a ação de retaliação – caso ocorra – é vinda de setores atrasados e conservadores. Alto lá! Há sempre uma tentativa da esquerda de distribuir adjetivos sem olhar em quem eles vão colar. O governo de “conservadores” ao qual Isac Jackson se refere é o time formado pelo PMDB que incluiu o PT, o PCdoB, o PDT, partidos estes que se orgulham de serem progressistas e trabalhistas.

Logo, não cabe o rótulo. Por sinal, é o governo o qual teve o apoio de grande parte dos sindicados na época eleitoral. Quantos não foram os sindicados – filiados a CUT – que hipotecaram apoio ao atual governo de Alagoas. Então, vamos com calma ao classificar como setores conservadores. 

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