Ainda faltam cinco meses para as festas de final de ano, mas esse período tem sido a esperança dos empresários alagoanos em promover um aquecimento nas vendas perdidas no primeiro semestre de 2015, diante da crise financeira enfrentada por todo o país. A pouca movimentação da economia também afetou o fechamento de 3.122 empresas em Alagoas, de janeiro a junho deste ano, principalmente de microempreendedores alagoanos.
Alguns lojistas têm adotado medidas para atravessar a crise sem muitas perdas no final do processo. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Fernando Araújo, explica que a situação é muito ruim de todos os aspectos, tanto para manter o negócio quanto para manter os empregos dos funcionários diante da recessão.
Segundo ele, as compras estão muito baixas, muito além do que era esperado, pois consumidores estão mais seguros ao pensar em gastar e outros que continham dívidas com o cenário de crise diminuíram as compras.
O comércio alagoano tem caminhado com dificuldade. Os lojistas estão com estoque de três meses de produtos sem conseguir ter saída para comercialização com a retirada do dinheiro de circulação.
“As pessoas estão com medo de comprar. Quem tem dinheiro para gastar está com medo, além das notícias do aumento das taxas de juros do cartão de crédito, alguns consumidores estão optando por deixar as compras para depois”, afirmou Araújo.
Para amenizar o estado dos estoques, os lojistas têm apostado em promoções isoladas, mas nada que afete diretamente a situação financeira da empresa. A pouca movimentação de clientes não é somente vista no Centro, mas nos shoppings centers.
E mesmo convivendo com tempos nebulosos, o presidente da CDL afirma que a situação financeira e jurídica das empresas se torna ainda mais difícil, pois não existe uma previsão de quando a economia irá se restabelecer. O aumento de vendas no final pode ser considerado apenas como um paliativo nas circunstâncias dessas empresas, que apostam como nunca nas datas sazonais.
Fernando Araújo destaca que as iniciativas do Governo Federal têm tomado para diminuir o impacto da crise não tem contribuído para o comércio, que além de conviver com a baixa circulação de dinheiro, ainda convive com a insegurança jurídica diante das medidas
adotadas.
“Nunca pensamos em ter um reflexo dessa forma. Nós sabíamos que essa crise veria, mas não que ela chegaria tão rápida e com esse impacto. A situação é muito difícil mesmo”, disse o dirigente, ao acrescentar: “Nós estamos buscando sair dessa crise com o menor prejuízo possível, por isso muitos comerciantes estão reduzindo estoque, reduzindo a conta de energia, reduzindo funcionários, mas só não temos como reduzir a carga tributária que infelizmente está muito pesada”.
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