De acordo com a revista semana Veja, o senador Fernando Collor de Mello (PTB) figura mais uma vez na lista dos acusados de envolvimento com os esquemas de corrupção que tomaram conta da Petrobras.

Desta vez, o nome de Collor – conforme a reportagem – aparece na delação do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa. Segundo as informações trazidas pela revista em sua edição mais recente, o petebista alagoano teria recebido R$ 20 milhões.

Em troca de manter o apoio ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula (PT), o senador Fernando Collor de Mello teria emplacado o engenheiro José Zonis na diretoria de Operações e Logística da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras.

Novamente, Collor também é associado ao empresário Pedro Paulo Leoni Ramos – ex-ministro do petebista e amigo pessoal do senador. Teria sido Pedro Paulo que procurou Ricardo Pessoa para oferece um pacote de R$ 650 milhões em contratos com a Petrobras.

Em troca, a UTC teria dado uma comissão. Pedro Paulo e José Zonis seriam as pontes com Fernando Collor de Mello. A empreiteira teria acertado o acordo e pago a Pedro Paulo e Collor o valor de R$ 20 milhões.

Vale salientar que as informações ainda fazem parte de uma investigação. Trata-se de uma delação premiada. Das primeiras vezes que Collor foi citado, ele se defendeu alegando inocência e que não teria qualquer envolvimento com os fatos apurados pela Operação Lava-jato.

Collor já é alvo de um inquérito que foi aberto com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). É um dos políticos que consta na lista do procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, por conta de possível envolvimento com o rombo na Petrobras. Os outros dois senadores alagoanos também aparecem na lista: Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira (PP). Todos alegam inocência.

Desde que a abertura do inquérito foi autorizada pelo STF, Collor partiu para o ataque contra Janot. Foram várias as denúncias de Fernando Collor de Mello contra o procurador-geral de Justiça.

Em relação à nova delação, Pessoa disse que seguia uma “tabela de corrupção” existente desde o governo Lula, cujo padrão era 3% do montante do contrato. O empreiteiro – segundo Veja – entregou ao Ministério Público as planilhas com as datas dos desembolsos e narrou detalhes de como o dinheiro foi passado a Pedro Paulo Leoni Ramos.

Pessoa disse que só aceitou o negócio por saber que o senador alagoano estava “por trás das tratativas” com os intermediários. Collor já havia sido citado pelo doleiro Alberto Youssef, por conta de supostos depósitos no valor de R$ 50 mil. Uma quantia modesta considerando os valores citados agora.

A delação de Ricardo Pessoa é a capa da Revista Veja. Com o título “À Sombra do Delator”, a revista afirma ter tido acesso aos “espantosos relatos que levaram o STF a aceitar a delação premiada do empreiteiro”. 

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