Um dos problemas sobre os quais o governador Renan Filho (PMDB) deve se debruçar com urgência é a situação da Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas (Casal).

Há – inclusive – o projeto para a privatização da empresa diante do “rombo” bilionário que inviabiliza a Companhia nos dias atuais. Ao atual presidente da Casa, Clécio Falcão, foi dada uma tarefa inglória na qual por mais que ele faça, não alcançará grandes resultados se a Casal não for tratada como um problema de governo.

A empresa não consegue fazer os investimentos necessários, os municípios devem muito à empresa. Por tabela, é uma “bomba” que caiu nas mãos da Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Alagoas (Arsal), que fiscaliza a Casal em 34 municípios. Nesta lista não está a cidade de Maceió. Uma dor de cabeça a menos.

Todavia, já que Falcão está no cargo precisa responder pelos atuais problemas da Companhia. No dia de hoje, uma declaração fortíssima do secretário municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), Davi Maia.

Que esta chegue aos ouvidos de Clécio Falcão e do governador Renan Filho. A declaração de Maia é a seguinte: “a “Casal é maior responsável por crimes ambientais em Maceió”.

Detalhe, por delitos ambientais a Sempma já “mandou fechar” supermercados, promoveu ações contra hospitais – em conjunto com a Superintendência da Limpeza Urbana – e agora chama atenção para o que vem fazendo a Casal. Maia deu a declaração – conforme reportagem do CadaMinuto – ao apurar nova denúncia de esgoto clandestino na capital alagoana.

Os técnicos constataram que uma galeria de rede pluvial foi utilizada pela Casal para escoar esgoto produzido por prédios residenciais e comerciais, no bairro da Jatiúca. Além de crime ambiental gravíssima, a Casa atenta contra a indústria limpa do Turismo. Esta é muito importante para a economia alagoana.

O pior: um crime da Casal que parece ter sido cometido de forma “planejada” já que agiu assim para resolver – de forma rápida e açodada, ao que tudo indica – um problema de moradores da região por conta de uma boca de lobo que estava transbordando em via pública.

Ou seja: diante da capacidade de investir na resolução de problemas de fato, optou por cometer um crime ambiental? Foi isto? A que ponto a Casal chegou governador Renan Filho? Acho que já está mais do que na hora do governo do Estado pensar em soluções viáveis para a empresa que – por conta desta ação pontual – foi no apontada como uma “grande criminosa” quando o assunto é agredir ao meio ambiente.

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