Os corpos de duas vítimas encontrado carbonizados em Santana do Ipanema, no alto Sertão do Estado no último sábado (30), e que deram entrada no Instituto Médico Legal de Arapiraca foram sepultados como indigentes sem identificação no cemitério de Canafístula.

As vítimas seriam Antônio Ferreira Monteiro, 74 anos, e Cícero Saturnino da Silva, 56 anos, que seriam tio e sobrinho. Os corpo não foram identificados em razão de o Estado interromper em setembro do ano passado o contrato para a prestação do serviço junto ao laboratório da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que realiza o exame de DNA.

Os familiares das vítimas estão indignados e cobram a identificação. A esposa de Cícero e a filha de Antônio estiveram no IML de Arapiraca nesta segunda-feira, 1º e foram informadas de que o exame de reconhecimento só poderia ser realizado depois que o convênio entre Estado e Ufal fosse  renovado.

A Assessoria de Comunicação do IML informou que não foram realizados nenhum exame na arcada dentária nem por meio de impressão digital, pois os corpos foram encontrados totalmente carbonizados, mas houve a coleta de material biológico para futuras identificações.

De acordo com o órgão, o modo como os corpos foram encontrados foi o que motivou o enterro emergencial. A assessoria informou que a família foi recomendada a procurar o IML novamente na quarta-feira para que possa ser colhido sangue para a realização do procedimento de exame de DNA.