O senador Fernando Collor de Mello (PTB) terá o seu sigilo fiscal e bancário quebrado em função das investigações da Operação Lava-jato. O pedido foi feito pela Polícia Federal, com base na delação premiada do doleiro Alberto Youssef que em seu depoimento puxou Collor para o “olho do furacão” das denúncias do escândalo envolvendo a Petrobras.
De acordo com o doleiro, Collor teria recebido uma propina de R$ 3 milhões. O pedido da PF foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) e autorizado pelo ministro Teori Zavascki. Além de Collor, a Polícia Federal também pediu a quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Calheiros disse que não esperaria sequer a decisão de Zavascki e encaminharia as informações ao Supremo Tribunal Federal. Vale lembrar que os três senadores alagoanos são citados na Operação Lava-jato: Collor, Renan Calheiros e Benedito de Lira (PP). Este último não foi alvo de pedidos por parte da Polícia Federal.
Em relação a Collor, a quebra do sigilo vale apenas para o período em que foi investigado: entre 2011 e 2014. Pesa ainda contra Collor a informação do Ministério Público Federal (MPF) de que teriam sido encontrados comprovantes de depósitos durante as buscas na casa do doleiro que somam R$ 50 mil.
Fernando Collor de Mello nega as acusações. De acordo com assessoria de imprensa do senador, ele deve divulgar uma nota em breve comentando o assunto.
Estou no twitter: @lulavilar