Publiquei neste espaço a possibilidade do deputado federal João Henrique Caldas (Solidariedade) deixar o partido em função de uma possível fusão entre o PSB e o PPS. Pois bem, Caldas não confirma a conversa de bastidores, mas – como mostrei do blog – afirma que recebeu um convite, ainda que muito inicial e sem qualquer perspectiva de se concretizar, da Executiva nacional do PSB.

Todavia, outro assunto tem movimentado os bastidores do Solidariedade em Alagoas: uma divergência entre alguns membros da sigla e o próprio JHC. Eles acusam o parlamentar de ter abandonado o partido. Conversei com Caldas sobre o assunto. O deputado ressalta que há uma “insatisfação de uma minoria que quer causar tumulto”.

Frisou que sua relação com mo Solidariedade é excelente na Executiva nacional e que – em questões pontuais – por divergências de convicção teria votado contra o partido e que assim continuaria agir como “forma de obedecer à consciência”. João Henrique Caldas minimizou as divergências locais.

Após a publicação do texto, o presidente do partido jovem do Solidariedade, o advogado Thiago Casimiro, entrou em contato com este blogueiro rebatendo as informações prestadas por João Henrique Caldas. “Não é verdade que há uma minoria querendo causar tumulto. O que há é justamente o contrário: uma maioria que quer organizar o partido diante do fato do deputado federal João Henrique Caldas tê-lo abandonado”.

Segundo Casimiro, a insatisfação envolve diversos membros, inclusive vereadores com mandato. “Nós tentamos nos reunir com o deputado federal, mas não conseguimos. Há uma falta de atenção. Queremos discutir a situação do partido, traçar perspectivas para o Solidariedade em Alagoas”. De acordo com o advogado, o partido não pode se resumir a um parlamentar apenas.

Durante a conversa, Thiago Casimiro usou a palavra “descaso” para definir a atual situação. João Henrique Caldas nega que esta seja a situação. O parlamentar ressalta que o partido nasceu praticamente em Alagoas e teve o apoio dele e do ex-deputado federal João Caldas. Casimiro – no entanto – reclama da disposição para avançar com a criação de outros diretórios.

“Os que existem ainda são da data da criação do partido”. A falta de reuniões também é outro ponto que é levantado pelo advogado. João Henrique Caldas – quando conversou com este blogueiro – também rebateu esta informação. Para Thiago Casimiro, entretanto, o partido precisa pensar em 2016 o quanto antes. Por sinal, eis um calendário que tem sido antecipado. 

Segundo Casimiro, a insatisfação também atinge os membros ligados à Força Sindical.

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