5 razões para se tornar um investidor em ações

04/05/2015 14:46 - Minuto Dinheiro
Por Márcio Raimundo
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A ideia que o leigo tem sobre investimento em bolsa de valores é, de forma geral, bastante equivocada. A maioria imagina aqueles cenários de filme, onde corretores estressados gritam ordens de compra e venda ao telefone freneticamente e, no final do dia, contabilizam seus lucros ou prejuízos.

Mas não é exatamente isso o que acontece. Na verdade, quem compra e vende ações para obter lucro no curtíssimo prazo não é considerado investidor, mas sim especulador. Esses profissionais, também conhecidos como traders, executam dezenas de ordens diariamente com a única finalidade de auferir lucro ao fim do dia.

O trader não vê a ação como uma pequena parte de uma empresa. Para ele pouco importa se a empresa é lucrativa, se distribui dividendos ou se tem um bom retorno sobre o investimento. Para ele, o que importa é o que a análise gráfica indica. No fim do dia ele contabiliza os eventuais lucros ou prejuízos e se prepara para repetir tudo novamente no dia seguinte.

Já o investidor é diferente. Ele tem objetivos de longo prazo, analisa com cuidado as empresas que quer comprar, observa se elas pagam bom dividendos, tem lucros constantes, bom retorno sobre investimento e boa governança corporativa, entre outros requisitos.

Ao longo dos anos o investidor consciente vai comprando ações de boas empresas, reaplicando os dividendos e, ao se aposentar, terá acumulado um grande patrimônio em ações.

Os grandes milionários da bolsa, tanto brasileira quanto americana, são investidores de longo prazo. Quem somente especula, comprando e vendendo a toda hora, só dá lucro às corretoras, porque os custos de corretagem e taxas, além dos eventuais prejuízos nas operações, acabam anulando os ganhos. Entre os diversos ditados da bolsa tem um que diz: "Não conheço nenhum grafista que tenha ficado rico"

 O Minuto Dinheiro aconselha o leitor a ser um investidor. O trader eventualmente pode ter ganhos espetaculares, mas o lucro não é consistente no longo prazo. Já o investidor, sabendo investir em empresas sólidas, tem quase que garantido o sucesso no longo prazo.

Para tornar mais fácil essa tarefa, selecionamos cinco motivos para você se tornar um investidor de ações na bolsa de valores.

1) São investimentos de grande potencial de lucro no longo prazo

O tempo costuma premiar os investidores pacientes. Quem investiu 10 mil reais na cervejaria AmBev no inicio do Plano Real, tem hoje cerca de meio milhão de reais. Existem vários outros exemplos de ações que tiveram retorno superior a 2.000% ou 3.000% em 10 anos.

É claro que rendimentos passados não significam certeza de rentabilidade similar no futuro, mas a experiência nos mostra que os maiores vencedores na bolsa de valores são aqueles que investiram em empresas por longos anos, resistiram à pressão nos momentos de baixa, permaneceram com as ações nos momentos de alta e hoje colhem os frutos.

 

2) É a forma mais barata de ser dono de uma pequena parte de uma grande empresa

Com poucos reais já é possível comprar ações de qualquer empresa na bolsa, no mercado fracionário. Você pode comprar mensalmente quaisquer valores em ações, inclusive através de compra programada em que a própria corretora debita o valor mensalmente de sua conta e faz o serviço para você.

Já falamos sobre isso no post Como escolher uma corretora de valores.

Para baratear os custos com corretagem recomendamos comprar as ações em lotes fechados de 100 ações, mas se você dispõe de pouco dinheiro mensalmente e prefere investir logo para não gastar com outras coisas,  não se importe com o custo um pouco maior. O importante mesmo é investir. Mesmo com pouco dinheiro investido mensalmente, no longo prazo você certamente vai conseguir acumular um grande capital em ações.

 

3) Diversidade de investimentos

Nunca colocar todos os ovos na mesma cesta, esse é um dos vários ditados da bolsa. Diversificar as ações em diferentes empresas de diferentes setores é uma estratégia conservadora para diluir seus riscos.

O ideal é, aos poucos, ir montando uma carteira com várias ações. Dessa forma você aumenta o seu patrimônio, minimiza os riscos, recebe mais dividendos e aumenta seu patrimônio com mais segurança.

 

4) Não tem carência

Diferentemente de algumas aplicações de renda fixa, na Bolsa de Valores você pode resgatar tudo no momento em que precisar do dinheiro investido.

Basta vender as ações e em três dias o dinheiro estará disponível na sua conta. Simples, rápido e sem burocracias. Em muitos investimentos da renda fixa, por exemplo, é preciso esperar o prazo final do título para fazer jus aos rendimentos pactuados. Numa eventualidade de você precisar do dinheiro antes do prazo, pode levar prejuízo.

 

5) Pode se livrar do imposto de renda

Enquanto a maioria dos investimentos em renda fixa tem imposto de renda de até 22,5% sobre os rendimentos, na bolsa de valores o imposto devido é de 15% sobre o lucro das operações (20% nas operações Day trade).

E com duas grandes vantagens: a) os eventuais prejuízos podem ser abatidos do imposto devido; b) vendas de até 20 mil reais mensais são isentas de imposto.

Ou seja, se você acumular um bom patrimônio para usar na sua aposentadoria, pode ir vendendo suas ações aos poucos, em valores de até 20 mil reais mensais sem pagar um único centavo de imposto.

 

E aí, está convencido de que o investimento em ações pode ser bem melhor que deixar o dinheiro na poupança? Seguindo esses passos você certamente se tornará um investidor bem sucedido. Boa sorte nos investimentos!

 

Até a próxima.

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* O texto reflete a opinião dos autores. O Minuto dinheiro e o Cada Minuto não se responsabilizam por lucros ou prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Ademir Cruz, formado em Ciências Contábeis, leitor habitual da literatura financeira, irá demonstrar como pode ser interessante o mundo das finanças pela ótica da Bolsa de Valores.

Márcio Raimundo, investidor da bolsa desde 2009; leitor assíduo de fóruns e portais de economia e finanças, mostrará que investir na bolsa é mais simples do que se imagina.

Ricardo Rolim, formado em Administração de Empresas e um curioso em investimentos no mercado de ações e no Tesouro Direto, onde mantém aplicações.

Rodrigo D'Avila, formado em Administração de Empresas. Investe desde 2006 no mercado financeiro e pretende compartilhar nesse espaço os conhecimentos e experiências adquiridas ao longo de todos esses anos.

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