O senador Benedito de Lira (PP) aparece – conforme o Congresso em Foco – entre os três políticos que mais receberam repasses das empresas envolvidas na Operação Lava-jato durante o pleito eleitoral de 2014.
De acordo com o Congresso em Foco, as doações foram feitas por empresas dos grupos Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, OAS, Odebrecht e UTC.
Das empresas citadas, apenas a Camargo Correia admitiu – por meio de executivos – colaborar com a Justiça em troca da redução de pena. Políticos e empreiteiras alegam que as doações foram legais e não caracterizam suborno.
Os repasses que mais chamaram atenção foram a três senadores que disputaram o governo, mas que não tiveram êxito nas eleições passadas. São os dois petistas Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann e o pepista alagoano Benedito de Lira. Por sinal, PT e PP foram os principais beneficiados com doações das empresas investigadas.
Ao todo – no caso do PT – são seis beneficiados que declararam ter recebido R$ 7,7 milhões em contribuições oficiais das construtoras. Lindbergh Farias diz ter recebido R$ 3,8 milhões da Queiroz Galvão, da UTC e da OAS. Gleisi Hoffmann declarou repasses de R$ 2,8 milhões dos grupos Andrade Gutierrez, UTC, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia.
Em relação ao partido do senador Benedito de Lira, 32 integrantes estão sendo investigados. 15 declararam ter recebido – ao todo – R$ 6,2 milhões. No caso do pepista alagoano, ele recebeu R$ 1,8 milhão dos grupos Galvão Engenharia, da Odebrecht, da Queiroz Galvão e da OAS.
Os demais partidos com políticos sob investigação na Lava Jato (PMDB, PSDB, PSB, SD e PTB) têm apenas um nome entre os financiados pelas empreiteiras: O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão do PMDB. Ele informou ter arrecadado R$ 1,5 milhão da OAS e da Queiroz Galvão. O tucano Antonio Anastasia (PSDB-MG) recebeu R$ 1 milhão de cinco empreiteiras.
Outro detalhe que chama a atenção: as empreiteiras aumentaram em cinco vezes o valor das doações oficiais entre 2002 e 2014.
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