A vida da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional não está fácil. Mesmo quando a proposta vem dos parlamentares e é sancionada por Rousseff como forma de afagar deputados, senadores e partidos, a presidente sofre com a opinião pública e com membros da oposição e até mesmo aliados.
Se por convicção ou porque estes seguem a opinião pública, aí é outra história...mas a presidente sofre para impor sua agenda.
Foi o que ocorreu em relação ao ajuste do valor do fundo partidário. Revoltou a opinião pública o fato de o governo federal ter aprovado em seu orçamento mais dinheiro para os partidos políticos diante das dificuldades de arrecadação das legendas por conta dos casos de corrupção. Pelo Orçamento, o fundo passou de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões.
Desta vez, como já colocou a blogueira e jornalista Eliane Aquino, nem o vice-presidente e articulador político de Dilma, Michel Temer (PMDB) ajudou.
Um aumento considerável ainda que com recurso que será contingenciado. Nove senadores já pedem veto ao reajuste do valor. Entre os críticos à sanção da presidente está o aliado e presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB), mesmo com a proposta tendo nascido no ninho peemedebista sendo de autoria do senador Romero Jucá (PMDB).
De acordo com Renan Calheiros, “não houve debate suficiente” sobre o assunto no exame da proposta orçamentária pelo Congresso. “Ela deveria ter vetado, como muitos pediram. A presidente sancionou um aumento incompatível com o ajuste e disse desde logo que vai contingenciar. Errou dos dois lados”.
A presidente tentou fazer um gesto ao Congresso, mas o tiro pode ter saído pela culatra. Em entrevista ao Blog do Camaroti, o senador Romero Jucá se posicionou da seguinte forma em relação ao assunto: “A presidente Dilma respeitou uma decisão majoritária do Congresso. Todos os partidos pediram a melhoria do fundo partidário. O perfil de arrecadação mudou depois da investigação da Lava Jato. Com exceção do PSOL e do PSTU, todos os partidos pediram aumento dos recursos. Muitos, inclusive, formalizaram o pedido por carta. Outros presidentes de legenda conversaram comigo pessoalmente”.
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