Em entrevista a este blogueiro, o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), reafirmou o apoio à 17ª Vara Criminal e disse que vai trabalhar junto com a base governista pela manutenção do veto do Executivo ao projeto aprovado em plenário, que regulamenta a Vara, ainda na legislatura passada.

Ao apreciar o projeto de lei da 17ª Vara Criminal, o parlamento estadual limitou o raio de atuação desta, impedindo dela agir em casos envolvendo agentes públicos. Ou seja: a Vara perde o poder de decisão nos casos em que os investigados sejam os próprios deputados estaduais, por exemplo.

O veto do governador Renan Filho volta a ampliar o raio da 17ª Vara Criminal. Ao vetar, o governador atendeu ao reclame de uma parcela da opinião pública. No dia de ontem, 16, movimentos como Vem Pra Rua e Brasil Livre optaram por apoiar publicamente a manutenção do veto.

Por conta dos vetos – entre eles o da 17ª Vara Criminal – a pauta do Legislativo se encontra trancada. A perspectiva é que os deputados estaduais votem na próxima semana. A Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) deve se reunir na próxima quarta-feira, dia 22 de abril.

“Eu vou me empenhar no que for possível junto à base governista para que o veto seja mantido. A 17ª Vara Criminal é muito importante para o Estado”, salientou Renan Filho.  O governador disse que tem uma expectativa positiva em relação aos votos da bancada que é liderada pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT).

“Pessoalmente, vou me empenhar. Eu já disse isto. Manter o veto à emenda do projeto de lei da 17ª Vara é atender o clamor da sociedade. Poucas coisas são tão apoiadas pela sociedade quanto a manutenção deste veto para que se tenha capacidade ampla e irrestrita de investigação”, complementou ainda Renan Filho.

Indaguei ao governador sobre como andava o diálogo entre o Executivo e o Legislativo. Eis a resposta: “O governo tem uma boa relação. Eu tenho tido uma relação institucional e republicana com todos os poderes, com o Legislativo e com o Judiciário. Eu acho que é muito importante termos uma maioria na Assembleia porque um Estado que se propõe fazer mudanças tem que ter apoio político para fazê-las. Mudar nunca é fácil. Mudar exige determinação, perseverança, construção de um caminho. Por isto, é importante ter o apoio político necessário para que o Estado dê passos rumo ao que as pessoas esperam. Acho que vou ter esse apoio”. 

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