O réu confesso Jaime Ambrósio da Silva Neto, acusado de ter assassinado Samuel Acioly Vasconcelos Neto e atingido Sidney Gomes com disparos de arma de fogo, em 26 de outubro de 2008, no bairro da Pajuçara, em Maceió, está sendo julgado na tarde desta quinta-feira (16), no Fórum do Barro Duro. A sessão do Tribunal do Júri é presidida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), feita pelo promotor José Antônio Malta Marques, Samuel Acioly estava bebendo com os amigos na Praia de Pajuçara, por volta das 14h, quando Jaime Ambrósio chegou e o atingiu com o primeiro disparo.

Desesperada e na tentativa de se proteger, a vítima teria agarrado Sidney Gomes, que terminou ferido. Depois que os dois caíram, o acusado teria se aproximado e efetuado mais cinco disparos contra Samuel Acioly, que não resistiu aos ferimentos. O crime foi praticado por vingança, pois o acusado acreditava que a vítima fatal teria assassinado seu primo.

Ainda de acordo com o MP/AL, Jaime Ambrósio foi liberado três meses após o crime e, a partir daí, tornou-se réu em vários processos. Atualmente, cumpre pena de dez anos e seis meses no Sistema Prisional de Alagoas, por tráfico de trogas e porte ilegal de armas no município de Santana do Ipanema.

O Ministério Público pede que o réu seja condenado por homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e tentativa de homicídio.

O defensor público Luiz Otávio Carvalho Lima, por sua vez, disse que a defesa vai tentar convencer os jurados de que Jaime Ambrósio foi levado a praticar o crime, já que Samuel Acioly teria assassinado seu primo e tentado contra a vida de seu irmão. Além disso, segundo a defesa, o réu foi ameaçado de morte.

"A tese da defesa vai sustentar, sobretudo, que Jaime Ambrósio matou para não ser morto. Ou seja, ele não poderia ter agido de outra forma. Mostraremos também que a outra vítima foi atingida apenas por um erro de execução. O objetivo da defesa é que o réu seja totalmente absolvido ou, ao menos, tenha sua pena diminuída", disse o defensor.

A decisão do Conselho de Sentença deve ser tomada no início da noite de hoje (16).