Em entrevista publicada na Agência Senado, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB), comentou a indicação de Luiz Edson Fachin – feita pela presidente Dilma Rousseff (PT) – para ocupar a cadeira vazia que foi deixada por Joaquim Barbosa, ao deixar o Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador frisou – em outras palavras – que não basta apenas a indicação da presidente para que Fachin assuma a cadeira do STF. Mais uma vez, a fala de Renan Calheiros mostra o quanto o governo federal depende – na atual conjuntura – do PMDB para tocar o barco. Mais uma vez, em outras palavras, independente do mérito em relação a quem seja o ministro, terá que haver negociação. Terá que existir diálogo para aprovação.
O que será posto na mesa? De que forma o Senado vai se comportar? Aí são questões dos próximos capítulos. Calheiros classificou o processo da indicação como “complexo de sabatinas que se aprimoram a cada dia”. No entanto, vale lembrar que na história do Senado se rememora apenas um momento em que um nome foi vetado: o de Barata Ribeiro, quando o presidente era Floriano Peixoto.
Mas longínquo exemplo impossível. Foi justamente este que Renan Calheiros resolveu citar para mostrar que o Congresso é o Congresso e o Executivo é o Executivo. Mais uma tarefa para o vice-presidente Michel Temer (PMDB). A tempestade segue em Brasília (DF) até mesmo no que antes se considerava praxe.
Eis a frase de Renan Calheiros: “o Senado já teve um momento em que derrubou um indicado para o Supremo, mas fez isso no início da República quando Floriano Peixoto mandou o nome de um médico para o Supremo Tribunal Federal, Barata Ribeiro. Aí o Senado derrubou”.
Todavia, ao mesmo tempo em que morde, como aliado de Dilma Rousseff, Renan Calheiros também sopra: “mas esse não é um precedente que nessas horas possa ser lembrado. Eu acredito que o Senado vai votar com maturidade. Vai sabatinar, vai votar com maturidade. Eu acho que a presidente deve estar convencida de todas as informações com relação ao seu candidato”.
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