Durante o protesto do dia de ontem, 12, na orla de Maceió – organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), além de outros grupos que pedem a saída da presidente Dilma Rousseff – os manifestantes realizaram um apitaço na porta do prédio do senador Renan Calheiros (PMDB/AL) para uma posição do PMDB em relação ao governo federal.

Calheiros foi cobrado para se posicionar contrário ao ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy, principalmente neste momento em que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiu a articulação política para aproximar o Executivo do Legislativo. O presidente do Senado, Renan Calheiros, foi cobrado para que se mantivesse a relação de independência entre os poderes.

Outras pautas também foram lembradas pelos manifestantes. Pediram que Calheiros continuasse a insistir na redução do número de ministérios do governo federal, que atualmente são 39. Fizeram referência a uma frase do peemedebista que afirmou que o governo deveria criar o programa “Menos Ministérios”.

Além de cobrar, também pediram a apuração da Operação Lava-jato e dos inquéritos envolvendo políticos, defendendo a cassação dos comprovadamente culpados. “Se Renan Calheiros for culpado. Se o inquérito mostrar culpa, ele tem que ser cassado. Assim como os outros. Todos os culpados precisam ser punidos”, colocou Henrique Arruda, um dos coordenadores do Brasil Livre.

Entre as cobranças, os manifestantes gritavam “acorda Renan!”. Henrique Arruda pediu ainda que o senador Renan Calheiros se posicionasse em relação ao pedido de impeachment contra o ministro Dias Toffoli. "Por exemplo, um dos ministros que vai julgar o petrolão era de base petista. Isso é um absurdo. E o PMDB não faz nada, está só assistindo", diz.

“Não sabíamos se o Renan estava em casa, mas o recado foi dado”, diz Arruda. Moradores do mesmo prédio estavam vestidos de verde e amarelo e apoiando a manifestação das varandas e faziam coro com as reivindicações dos manifestantes.

Segundo a organização do evento, 10 mil pessoas estavam presentes na passeata. De acordo com a Polícia Militar de Alagoas, foram aproximadamente seis mil pessoas.

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