No dia 06 de abril deste ano publiquei neste espaço informações sobre o encontro entre o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB) e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Brasília (DF), ocorrido no início daquele mês.

Na época, Renan Filho – que assumiu o Executivo impondo cortes horizontais de 30% nos custos do Estado – chegou a Brasília com pauta cheia. Uma delas, como foi divulgada também pelo blogueiro Edivaldo Júnior em seu espaço, era a autorização para que Alagoas contraísse um empréstimo com o Banco Mundial.

O empréstimo – de mais de R$ 300 milhões – foi negociado ainda na gestão anterior do tucano Teotonio Vilela Filho (PSDB). Um fato chama atenção: a contração de empréstimos feitos na gestão passada era forte alvo de críticas da oposição, na época o PMDB de Renan Filho fazia parte desta.

Argumentava-se o peso dos empréstimos na dívida pública de Alagoas que já ultrapassa R$ 9 bilhões. Vilela, ainda como governador, defendia que as condições eram diferentes e que o recurso ajudaria o Estado com obras estruturantes para atrair empreendimentos e, consequentemente, investimentos e mais recursos em médio e longo prazo.

Alagoas já sangra bastante com a dívida pública que possui e com o déficit estrutural que foi anunciado por este atual governo. Caso seja de fato esta cifra, seria importante para alagoanos saber mais detalhes sobre a aplicação deste valor citado por Edivaldo Júnior em seu blog. Não se trata aqui de qualquer crítica, mas de um pedido de detalhamento da informação já divulgada pela mídia.

No dia de ontem, quem criticou a tentativa de “reativar” este empréstimo foi o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade). De acordo com o parlamentar, o governo do Estado não pode contrair empréstimos neste momento de crise, de busca de corte de gastos, “onde o governo anunciou um corte de 30%”.

“Querer empréstimo é um contra-senso, uma incoerência. O Estado sequer consegue pagar as dívidas que possuem no Estado. É incoerente demais a retomada de um empréstimo de R$ 300 milhões. Quando era deputado estadual votei contra a autorização para este empréstimo, ainda na gestão de Teotonio Vilela Filho (PSDB). É querer escravizar o povo alagoano aumentando ainda mais a eterna dívida de Alagoas”, coloca o deputado federal. 

Estou no twitter: @lulavilar