Na próxima segunda-feira, dia 13, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD) visita Alagoas para assinar ações envolvendo o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) da Mobilidade, dentre outras.
Kassab deve se reunir com o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), e com o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB). Serão encontros separados. Com o chefe do Executivo estadual, Kassab deve se reunir por volta das 15h30. Com Rui Palmeira, a reunião é prevista para as 17 horas.
Há quem diga que Kassab também deve aproveitar para conversar com política. Como fez quando fundou o PSD, sabe sair pelo país falando de novos partidos. Tem feito isto na agenda que tem cumprido, conforme informações de bastidores.
Em Alagoas, o ministro será acompanhado pelo deputado estadual Dudu Hollanda (PSD), que não esconde a preocupação de Kassab e de seu partido com a criação do PL. A estratégia é fortalecer uma aliança para enfraquecer o poder do PMDB no campo nacional.
A ideia é articular o PL para depois fundir este com o PSD. Para Dudu Holanda, o deputado estadual do PSD em Alagoas, a estratégia ajuda a presidente Dilma Rousseff, além de tornar o PSD um importante aliado político para o governador Renan Filho (PMDB), contribuindo – em futuras eleições – com tempo de televisão.
Estratégia meramente eleitoreira e confessada. Na política, não há bobo. Agregar o PL ao PSD – na visão de Holanda – é dar mais força para a Dilma Rousseff, mas ao mesmo tempo em que assume uma teoria que pode enfraquecer o PMDB, Dudu Holanda ainda lança a máxima: somos aliados de primeira hora do PMDB.
Em resposta à suposta movimentação de bastidores de Kassab e seu plano, o Congresso Nacional aprovou, no mês passado, com apoio crucial do PMDB, um projeto de lei que dificulta a fusão de partidos recém-criados.
O pedido para a recriação do PL foi encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 24 de março. Presidente do novo PL, o ex-deputado Cleovan Siqueira (GO), disse que o objetivo é trazer de volta ao país um partido "assumidamente liberal". Difícil acreditar no que diz Siqueira diante da forte influência de Kassab, da possibilidade de fusão e do campo político onde o partido se encontra. O PL é mais um no mar de muitos, caso seja aprovado.
Ressalto: a agenda principal de Kassab é a do Ministério. Claro que entre uma conversa e outra, política sempre estará presente.
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