O alardeado choque de gestão tucano em Minas Gerais está prestes a sofrer um forte bombardeio. O governador Fernando Pimentel (PT) vai divulgar esta semana números sobre o período em que Aécio Neves e Antonio Anastasia governaram o estado.

De acordo com o líder do governo, deputado Durval Ângelo (PT), “as informações irão estarrecer”. Ele adianta que virão à tona desvio de verbas, obras paralisadas e repasses ilegais a municípios governados por aliados.

Para chegar a esse levantamento sobre a caixa preta do chamado choque de gestão tucano em Minas Gerais, o coordenador da auditoria foi trazido da prefeitura de São Paulo assim que Pimentel assumiu o governo. Ele é Marcos Spinelli e tem fama de “Xerife”.

Já foi revelada, por exemplo, a compra de mais de 2 mil tablets. Bom, esses equipamentos não chegaram ao destino, os professores. Hoje mofam num depósito.

A atuação de Organizações Não Governamentais (ONGs) em negócios que teriam beneficiados deputados federais aliados também será investigada.

Em outra ponta fala-se em 3.000 obras paralisadas e possíveis desvios de verba para pavimentação rodoviária, com recursos de R$ 2 bilhões. Tudo será encaminhado ao MP e ao TCE.

Ataques a adversários devem ser feitos em doses contadas. O senador Aécio Neves vai agora enfrentar a estratégia petista de desconstrução de sua imagem de bom gestor. Ele é, hoje, o principal adversário político da presidente Dilma.

E ninguém faz política sem fazer vítimas. De um lado e do outro. É parte do jogo. Afinal de contas, esse ofício existe, na maioria dos casos, para que o poder seja mantido.

Esse é o principal motivo. Isso é o que conta, quase sempre. Simples assim.