Fundo Garantidor de Créditos. Para proteger seu dinheiro, você precisa saber o que significa.

06/04/2015 11:25 - Minuto Dinheiro
Por Ademir Cruz, Ricardo Rolim
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A caderneta de poupança ainda é a mais popular e principal aplicação dos brasileiros. Possui vantagens como isenção de imposto de renda e principalmente a liquidez (facilidade de resgatar parte ou o total do valor guardado a qualquer momento), além da facilidade de se efetuar depósitos a qualquer momento.

Existe também o mito - sim, mito mesmo, de que não se perde dinheiro com caderneta de poupança. Nos dias atuais, com taxa a SELIC na casa de 12,75%aa e inflação chegando nos 8%, deixar dinheiro na caderneta de poupança mal consegue acompanhar a inflação. Fora isso, as pessoas acham, ou podem achar, que o dinheiro depositado na caderneta de poupança está sempre protegido. Mas não é bem assim... É justamente onde entra o Fundo Garantidor de Créditos – FGC.

O FGC foi criado em 1995, com o objetivo de proteger os pequenos investidores de eventual quebra de um banco ou instituição financeira. Também tem como objetivo proteger o sistema financeiro como um todo, evitando crises como as ocorridas quando da liquidação do Banco Econômico, por exemplo.

Em linhas gerais, bancos e demais instituições financeiras devem depositar no FGC uma quantia de suas reservas, de modo que, caso algum banco quebre, os recursos do FGC sejam usados para proteger os investidores e eventualmente socorrer o próprio banco.

Atualmente, as aplicações de até R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) por CPF e por instituição financeira estão protegidas. Isso quer dizer que se o banco quebrar, o que você tiver até o limite de R$ 250 mil estará protegido. Por exemplo: você aplicou R$ 230 mil e com os rendimentos você tiver R$ 253 mil, até o limite de R$ 250 mil estarão protegidos. Numa outra hipotética situação, se você aplicar R$ 250 mil, em eventual quebra da instituição financeira os juros serão perdidos.

Além da caderneta de poupança, o FGC garante outras aplicações mais rentáveis, como as listadas abaixo:

- depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (CDB, RDB);

- Letras de Câmbio (LC);

- Letras de Crédito Imobiliário (LCI);

- Letras Hipotecárias (LH)

- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

Estas aplicações são as mais comuns, porém existem algumas outras que o FGC também garante. Veja com o seu gerente antes de fazer qualquer aplicação ou investimento. Isso quer dizer que você pode colocar sua reserva para emergências numa dessas aplicações, e até o limite do FGC, você estará protegido. 

Mas o que o FGC não garante? Bem, as aplicações abaixo não estão cobertas pelo FGC:

- Aplicações em renda variável como ações, debêntures, opções;

- Aplicações em renda fixa como os Títulos do Tesouro Direto (os títulos do Tesouro Direto possuem a garantia do Tesouro Nacional. Leia mais sobre o Tesouro Direto clicando aqui e aqui).

- os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no exterior;

- as operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por lei;

- os depósitos judiciais;

Os grandes bancos nacionais estão cobertos pelo FGC: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco, Santander, entre outros. No site do FGC (clique aqui), você encontra a relação de todos os bancos participantes. No site do Banco Central, você também encontra informações e legislação a respeito do FGC.

Quer dizer que se eu tiver mais de R$ 250 mil, eu só devo aplicar até o limite do FGC? Não, não é isso que queremos dizer. Particularmente, recomendo procurar instituições mais sólidas. Geralmente, as instituições maiores e mais sólidas pagam taxas menores, porém são mais confiáveis. Os bancos menores são mais agressivos, pagando taxas melhores, porém é importante que você observe o limite do FGC para garantir seu investimento.

 

Até a próxima.

 

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* O texto reflete a opinião dos autores. O Minuto dinheiro e o Cada Minuto não se responsabilizam por lucros ou prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Ademir Cruz, formado em Ciências Contábeis, leitor habitual da literatura financeira, irá demonstrar como pode ser interessante o mundo das finanças pela ótica da Bolsa de Valores.

Márcio Raimundo, investidor da bolsa desde 2009; leitor assíduo de fóruns e portais de economia e finanças, mostrará que investir na bolsa é mais simples do que se imagina.

Ricardo Rolim, formado em Administração de Empresas e um curioso em investimentos no mercado de ações e no Tesouro Direto, onde mantém aplicações.

Rodrigo D'Avila, formado em Administração de Empresas. Investe desde 2006 no mercado financeiro e pretende compartilhar nesse espaço os conhecimentos e experiências adquiridas ao longo de todos esses anos.

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