Almeida: “A briga na Câmara não envolve Brasil. Envolve PT e PSDB. O resto entra no embalo”

27/03/2015 16:02 - Blog do Vilar
Por Lula Vilar
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Assim como já fiz com outros parlamentares federais, conversei com o deputado federal Cícero Almeida (PRTB) sobre a “tempestade perfeita” que paira no céu de Brasília (DF) desde que foi divulgada a lista de políticos investigados por estarem supostamente envolvidos na Operação Lava-jato. Além disto, a pressão por conta da crise política e econômica que o Brasil passa.

Almeida ressalta – em uma metáfora futebolística – que nesse cenário de crise que envolve fortes embates no Congresso Nacional, ele se encontra “na geral”. “Acabaram com a arquibancada e eu fico na geral. Não vou à arquibancada porque é luxo demais. Fico acompanhando muitas destas brigas que acontecem na Câmara e que não são pelo Brasil não. Envolve interesses de PT e PSDB. Então, de carona, os outros partidos do bloco de oposição ou situação entram no embalo. A oposição vai pra cima do PT pelo escândalo e pelo que acontece no país”.

Questionei como Cícero Almeida avaliava a posição da presidente Dilma Rousseff diante da crise. “Não dá para atribuir à presidente Dilma Rousseff de forma direta a culpa pelo que vem acontecendo. Isto quem vai definir é a Justiça. Agora, há uma apuração das informações em paralelo com provas, cm dados, com tudo aquilo que não só compromete o PT, como também outros partidos. Mas quem vai definir muita coisa aí é a Justiça”.

Cícero Almeida não se define nem como deputado federal de oposição, nem como situação. De acordo com ele mesmo, é alguém “neutro” neste processo político. “Eu faço parte de um pequeno grupo de deputados de partidos pequenos que não são achacadores, mas que se movem por trabalho. Principalmente os 18 deputados que estão no dia-a-dia votando em favor do país e, por isto, contrariando o governo federal em muitas situações”.

Almeida lamentou que se perca muito tempo com discussões “inócuas” na Câmara de Deputados. “Como a ida do Cid Gomes – ex-ministro da Educação – que lá esteve tentando peitar o Congresso. Ele sabe o que é o Congresso. Passou pelo Congresso. Ele que roeu o osso que diz que os deputados federais estão roendo. Ele que deveria ter sido chamado de achacador porque também participou daquele grupo de 400 deputados no passado. Foi um momento triste para o Congresso Nacional”, resumiu.

O deputado federal do PRTB ainda elogiou a condução que Eduardo Cunha (PMDB) – o presidente da Câmara de Deputados – no comando da Casa. “Hoje se vota muito na Câmara de Deputados. O presidente Eduardo Cunha gosta de trabalhar. Ele se defendeu bem das acusações da Lava-jato. Claro que o tempo é que vai dizer se ele está envolvido ou não, mas tem feito a Casa trabalhar”. 

Estou no twitter: @lulavilar

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