A reunião da presidente Dilma Rousseff (PT) com os governadores do Nordeste – incluindo o de Alagoas, Renan Filho (PMDB) – serviu para a chefe do Executivo federal pedir o engajamento dos gestores estaduais para não acumular mais uma derrota no Congresso Nacional: o ajuste fiscal.
Como os governadores ajudariam? Pressionando as bancadas federais como “cabos-eleitorais” da presidente Dilma Rousseff. O que teriam em troca? Mais apoio do governo federal em seus pleitos, afinal foram para fazer pedidos que estiveram em Brasília (DF). No caso de Renan Filho, duas pautas em especial: a revisão do indexador da dívida pública e a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, como divulgou o CadaMinuto.
A reunião ocorreu no dia de ontem, 25, e foi acompanhada pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB). Conforme informações do site Política Real, os governadores foram pressionados a só terem mais conquistas – principalmente em relação aos financiamentos – se conseguirem convencer suas bancadas federais a aprovarem o ajuste fiscal.
A fala do ministro Aloizio Mercadante – Casa Civil – mostra bem isto. Ele disse a jornalistas que grandes investimentos do BNDES e outros bancos terão redução do subsídio e que isso só será resolvido com os resultados do ajuste fiscal. Mercadante defendeu este como sendo fundamental para que o país fique em ordem e volte a crescer.
Uma preocupação que foi exposta pelos governadores: o mercado da construção civil do Nordeste diante do recuou com a paralização dos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida. Esta é uma preocupação do governo alagoano que – conforme noticiou este blog – já foi levantada pelo secretário de Trabalho do Estado de Alagoas, Rafael Brito.
Renan Filho – conforme o Política Real – não participou da coletiva após o evento. Mas o assunto foi tratado por outros chefes de Executivos estaduais. O governador do Piauí, Wellington Dias, defendeu uma concentração política entre Executivo, Legislativo e Judiciário numa agenda que ajude os estados nordestinos.
Todavia, nos bastidores, a informação é de que a reunião foi o encontro vitorioso para Dilma Rousseff (PT). Isto frustrou os governadores que tiveram que sair de lá como “sócios de um ajuste fiscal”. A expressão é de um dos assessores dos gestores estaduais. Agora será que os chefes de Executivos estaduais bancarão esta luta para ajudar Dilma no Congresso?
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