De acordo com a Folha de São Paulo, o senador alagoano Fernando Collor de Mello (PTB) partiu de vez para o contra-ataque devido ao fato de ter tido seu nome citado entre os políticos investigados por conta da Operação Lava-jato

Collor – assim como os demais senadores alagoanos Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira (PP), além do deputado federal Arthur Lira (PP) – foi alvo do pedido de abertura de inquérito por parte da Procuradoria Geral da República.

O senador, que alega inocência, é acusado de receber R$ 3 milhões em propina. A base da acusação é a delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Collor agora quer ter acesso à lista dos membros da Procuradoria que não residem no Distrito Federal (DF). Fez a solicitação ao Ministério Público Federal.

Além disto, quer ter acesso as despesas, passagens e diárias de viagens que são pagas pela instituição entre os anos de 2011 e 2015. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) – que também é investigado – aprovou a solicitação do petebista nesta quinta-feira, dia 26. Collor tenta se “armar” para contra-atacar a Procuradoria expondo possíveis feridas do órgão.

A solicitação de Collor não contém justificativas para os pedidos. É uma estratégia de lançar uma lupa sobre o Ministério Público Federal para detectar se há irregularidades cometidas pelos seus membros. O petebista quer detalhes do uso das passagens, incluindo nomes e cargos dos que usaram o recurso, além do motivo da viagem, com origem e destino.

Fernando Collor de Mello usa como base – o que é direito de qualquer cidadão – a Lei de Acesso à Informação (LAI). O relator da solicitação Zezé Perrela (PDT) diz que o petebista está amparado pelos princípios da “legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, aplicáveis à administração pública".

Vale lembrar que o senador Collor já fez duras críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot em recente pronunciamento no Senado Federal.  Segue a tempestade perfeita em Brasília (DF).

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