O líder do governo na Câmara Municipal de Maceió, vereador Eduardo Canuto (PV), defendeu uma composição inusitada para a disputa da Prefeitura da capital alagoana em 2016. A união entre o atual prefeito Rui Palmeira (PSDB) e o presidente do Legislativo municipal, Kelmann Vieira (PMDB). Viera seria o vice de Rui. “É uma opinião minha. Ainda não conversei com ninguém, mas como há esta especulação em relação ao nome do Kelmann e ele vem fazendo um bom trabalho na Câmara é uma união que eu apoiaria”, diz Canuto. Será que cola?
Ainda é muito cedo para falar em 2016, como o próprio Eduardo Canuto coloca. Todavia, o calendário eleitoral tem sido antecipado nos bastidores. O líder do governo salienta saber que o PMDB pode estar em um bloco completamente oposto ao de Rui Palmeira, mas ressalta – em sua visão – que uma união poderia trazer bons frutos. O PMDB – do governador Renan Filho – tem ao seu lado um grupo de partidos que também está de olho nesta disputa.
O próprio PT pode lançar candidato próprio e trabalha para isto. Dois são cotados: o presidente da Serveal e ex-deputado estadual Judson Cabral e o deputado estadual Ronaldo Medeiros. Independente do nome, PT vai querer estar ao lado de PMDB. Outro nome cotado para o pleito – mas correndo de forma completamente distante dos principais caciques – é o deputado federal Cícero Almeida (PRTB), que está – inclusive – de saída da legenda.
Ao avaliar a possibilidade do próprio Vieira ser candidato ao Executivo em 2016, com o apoio do governador Renan Filho, Eduardo Canuto destacou: "o Kelmann Vieira (PMDB) tem se portado muito bem como presidente da Câmara Municipal. É natural que ele tenha o pleito de querer ser prefeito. Ele tem consistência política. Eu queria que ele e o PSDB discutissem sair juntos na disputa pela Prefeitura. Talvez eu esteja me antecipando, mas acharia bom que ele fosse um vice-prefeito. Ele tem feito um trabalho muito bom na presidência. Mas é precoce esta discussão sobre disputa de 2016".
Sobre a posição do prefeito e a preocupação com o processo político, questionei a Eduardo Canuto se já não seria a hora de Rui Palmeira reagir às críticas que estão sendo feitas. "O processo político acontece. É natural que haja críticas, como é natural o transcorrer do processo. Mas o prefeito está mais preocupado com a cidade, muito mais do que a discussão sobre a reeleição ou não. Eu já disse a ele: prefeito o senhor deixará apenas o legado da austeridade? Bem, ele tem trabalhado muito e respondido com isto. Tem estado nas ruas, inaugurado obras. É preciso agora resolver a greve de agora, por exemplo, e ter os órgãos trabalhando na totalidade. Problemas existem e não escondemos, mas o Executivo precisa fazer o que vem fazendo: trabalhar. O prefeito está na rua trabalhando".
Canuto ainda analisou as críticas feitas pelos opositores do prefeito Rui Palmeira. "Quanto maiores as dificuldades, mais fácil fazer oposição a um governo. Mas este governo municipal tem tomado medidas austeras importantes e muito necessárias diante das dificuldades que o país tem enfrentado". O vereador disse acreditar no projeto de Palmeira e que o apoio não se dá por cargos ou aumento de espaço no Executivo. A decisão de continuar como líder – segundo Eduardo Canuto – foi por entender que é um projeto bom para a capital alagoana.
"Não voltei à liderança por cargos no Executivo. Não tenho esse perfil. O que se garantiu foi eu ter mais informações sobre a prefeitura para atender as solicitações que são feitas na Câmara. Ainda há uma relação ineficiente na prestação de informações por parte dos secretários. Não me resta a não ser escutar as críticas e defender o que sei que é defensável. E buscar informações quando ao demais e trazer os esclarecimentos", concluiu.
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