O aliado PMDB e a oposição que engana

25/03/2015 11:11 - Voney Malta
Por Voney Malta

O aliado PMDB tem imposto severas derrotas a presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional, como no caso da votação do texto que torna autoaplicável a nova regra de correção das dívidas de estados e municípios, aprovada por 389 votos, inclusive com o apoio dos petistas.

Isso significa que a articulação política do governo está um fracasso. E pode piorar. O senador petista Paulo Paim (RS) ameaça deixar o partido porque é contrário ao ajuste fiscal proposto. Já Marta Suplicy (SP) vai deixar a sigla por discordâncias e porque quer disputar a Prefeitura de São Paulo. Para isso tem o apoio do PSDB e do PSB.

E para hoje (25) pode ser votada uma emenda constitucional que diminui para 20 o número de ministérios. O articulador é o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O objetivo verdadeiro é atingir outros partidos aliados com cargos e força no governo, casos do PSD de Kassab e do PROS de Cid e Ciro Gomes.

Eduardo Cunha votou em Aécio para presidente. Tem alardeado que  que PMDB e PT não mais serão aliados numa disputa presidencial. Defende que o partido dispute à Presidência em 2018 e indica o prefeito do Rio, Eduardo Paes, como o candidato. Ele avalia que se Dilma não fizer um governo satisfatório, o fracasso irá impedir o retorno de Lula.

Ora, está mais do que claro que parte do PMDB trabalha para ter um pedaço ainda maior do atual governo, mas também trabalha para romper agora ou mais adiante. E Dilma, o que irá fazer? Alimentar quem vai romper adiante ou enfrentar agora?

EM TEMPO – o Presidente do DEM, senador Agripino Maia, tem sido um crítico feroz do PT. Aliás, participou dos protestos contra a corrupção no dia 15. Pois bem, a ministra do STF, Carmen Lúcia, aceitou denúncia contra Agripino, acusado de ter recebido propina de mais de R$ 1 milhão no Rio Grande Norte numa situação que envolve inspeção veicular.

EM TEMPO 2 – Já o líder do movimento “VEMPRARUA”, Rodrigo Chequer, que recentemente virou estrela nas páginas amarelas de Veja e no programa Roda Viva, da TV Cultura, responde a um processo nos Estados Unidos, onde foi um dos donos de uma empresa.

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