Omar pode deixar o DEM

24/03/2015 10:50 - Voney Malta
Por Voney Malta

Os dias do advogado Omar Coêlho no DEM podem estar chegando ao fim. Essa questão já foi, inclusive, discutida anteriormente com o presidente do partido, José Thomaz Nonô, que pediu para que esperasse até meados de março, abril. Ou seja, o prazo é agora.

Apurei que o motivo da insatisfação é a falta de musculatura da sigla e a não renovação dos seus quadros com a entrada de novos filiados. E o que atrapalha essa tentativa de oxigenação é o comando centralizado.

No ano passado ele disputou pela primeira vez uma eleição para um cargo público. Foi candidato a Senador, obteve apenas pouco mais de 137 mil votos, dos quais em torno de 50 mil em Maceió.

Para continuar na disputa por um mandato pessoas em seu entorno sabem que é preciso um partido mais forte, mais representativo. Na disputa para o Senado Federal só conseguiu visitar 29 municípios alagoanos. Faltou estrutura, faltaram maior apoio e dedicação do seu partido, justificam.

Ano que vem tem eleição municipal. Omar descarta ser candidato a vereador. O caminho pode ser uma disputa majoritária, afinal de contas, na eleição de 2016 tudo pode acontecer por conta do alto grau de desgaste da classe política brasileira pós Mensalão e Operação Lava Jato.

Em 1994, Omar Coêlho chegou a ser convidado a se filiar ao PT para ser candidato a vice-prefeito na chapa de Heloísa Helena. Não aceitou. Em 2008, também chegou a ser citado como vice na reeleição do prefeito de Maceió Cícero Almeida. Não deu certo.

De concreto, hoje, Omar Coêlho conversa com advogados sobre a eleição da Ordem que ocorre este ano. Ele articula para ser candidato a uma das três vagas, por Alagoas, no Conselho Federal da OAB.

No entanto, também não tira da vista 2016.

Pode ser que Omar tenha sido, definitivamente, picado pela emocionante mosca azul dos discursos nos palanques, das falas na propaganda eleitoral, dos fortes abraços e beijos trocados com os eleitores comuns, fatos que apenas existem na caça aos votos dos milhões de alagoanos. 

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