Federação de Agricultura de Alagoas destaca preocupação com rumos da economia

19/03/2015 17:11 - Blog do Vilar
Por Lula Vilar

Mais um setor produtivo cobra do Congresso Nacional atenção na análise das medidas do ajuste fiscal proposto pelo governo de Dilma Rousseff (PT) para que ele não esteja dissociado de um plano que faça a economia avançar diante da situação de recessão que se vive no país.

Desta vez, em Brasília, quem se reuniu com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB), foi o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Alagoas (FAEAL), Álvaro Arthur Lopes de Almeida, para cobrar do peemedebista posição em relação aos rumos da economia.

Almeida manifestou a preocupação dos agricultores locais com a redução dos recursos do financiamento para a próxima safra, o aumento dos juros e o preço do óleo diesel no país. Pontualmente, o presidente da FAEAL ainda cobrou maior atenção para o setor canavieiro, que – segundo ele – “ainda corresponde a 70% a 80% da economia”.

Um fardo para Alagoas desde sempre: a ausência de uma economia diversificada que gera esta dependência de um setor que enfrenta uma crise que não é novidade. Não é preciso falar muito sobre a relação de dependência econômica e política do Estado de Alagoas – ao longo de sua história – ligada ao setor sucroalcooleiro. Cenário histórico ruim, mas bem pior quando ele vai mal, pois pode ter desdobramentos.

A FAEAL pede que Renan Calheiros brigue pela liberação da subvenção econômica para os produtores de cana-de-açúcar no Estado. “Trouxemos o problema do segmento para o presidente para o Senado. Tudo que foi colocado foi absorvido. Atravessamos uma crise muito grande. Não é só no Estado de Alagoas, mas afeta em muito Alagoas porque o segmento da cana ainda representa muito na economia do Estado”, colocou Almeida.

O presidente do Senado Renan Calheiros – aproveitou a oportunidade – para destacar que o ajuste fiscal pensado pelo Executivo é apenas uma “preliminar, uma pré-condição”. De acordo com o peemedebista, o Congresso também cobrará que ele – o ajuste! – esteja atrelado a um plano de desenvolvimento econômico.

O momento econômico do país tem sido um dos fatores decisivos para a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT). Afinal, cada setor que se depara com uma crise contribui para números negativos dentro de um atual cenário difícil e que não se pode perder postos de trabalho. 

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