O deputado estadual Marcelo Victor (PROS) tentou retornar a um cargo de direção na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, mas acabou sendo derrotado pelo novato Jairzinho Lira (PRTB).

Marcelo Victor este na Mesa Diretora na legislatura passada. Nos bastidores, era tido como um deputado estadual de grande influência nas decisões da Casa. Na época, o comando do parlamento era do ex-deputado estadual Fernando Toledo (PSDB), que atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

De acordo com informações de bastidores, a inscrição de Marcelo Victor para disputar quarta-secretaria foi uma surpresa. Havia – desde que houve a eleição de Isnaldo Bulhões (PDT) para a primeira-secretaria da Casa – um consenso fechado em relação aos nomes que ocupariam os demais cargos: a segunda-secretaria ficaria com o tucano Edival Gaia (PSDB) e a suplência com Tarcizo Freire (PSD).

Todavia, o que se viu é que mesmo nos cargos onde não houve disputa – como na eleição que levou Gaia a segunda-secretaria – o consenso não era tão consenso assim. Edival Gaia teve 18 votos contra cinco deputados estaduais que optaram por deixar a cédula em branco.

Em relação à disputa pela quarta-secretaria, o deputado estadual Marcelo Victor teve 10 votos. Jairzinho Lira, que acabou conquistando a cadeira na Mesa Diretora, teve 16 votos. Ou seja: o apoio de 15 de seus pares, mas o seu próprio voto. Com a eleição é secreta, não é possível saber quem voto em quem.

Apesar da derrota, a “surpresa” chamada Marcelo Victor, na eleição pela quarta-secretaria, demonstra que o parlamentar do PROS ainda tem muita força e influência dentro do parlamento estadual ao ponto de “balançar” o consenso que estava sendo anunciado pela Mesa Diretora presidida por Luiz Dantas (PMDB).

A Mesa Diretora tem feito questão de mostrar esta capacidade de conduzir as decisões do parlamento estadual quase que por maioria absoluta. Desta vez, Marcelo Victor demonstrou que lidera um bom de parlamentares. O voto é secreto, mas, coincidentemente, o deputado do PROS teve em votos a mesma quantidade de parlamentares que faz parte do bloco o qual pertence.

O PROS pertence a um bloco que reúne PSDB, PSD e PPS. Em tese, este grupo é liderado por Gilvan Barros Filho (PSDB). Será que todos os votos de Marcelo Victor vieram desta aliança? Se o voto fosse aberto – como defende o deputado estadual Galba Novaes (PRB) – saberíamos. Resumindo: Marcelo Victor perdeu a eleição, mas está longe de não ter certa influência sobre alguns de seus colegas.

A outra eleição da tarde foi pela segunda suplência. O candidato único Tarcizo Freire teve 23 votos favoráveis. 

Diante das eleições, a nova composição da Mesa é a seguinte: Luiz Dantas (PMDB) é o presidente. O primeiro vice-presidente é Ronaldo Medeiros (PT). Segundo-vice é Thaíse Guedes (PSC). Terceiro-vice é Severino Pessoa. Nas secretarias, a primeira ficou com Isnaldo Bulhões (PDT), a segunda com Edival Gaia (PSDB), a terceira com Marcos Barbosa (PPS) e a quarta com Jairzinho Lira (PRTB). Os suplentes são Inácio Loiola (PSB) e Tarcizo Freire (PSD).

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