Desde que assumiu o governo do Estado, Renan Filho (PMDB), tem apostado no corte de gastos para reequilibrar as finanças do Estado. O governador executou um corte horizontal em todos os órgãos da administração direta e indireta e vem cobrando isto de seus subordinados.
Demonstra preocupação do governador em não desperdiçar centavos e se livrar das “gorduras”. Isto é bom. Mas é preciso planejar melhor para não comprometer serviços.
O corte de gastos veio associado a uma revisão minuciosa de contratos. Muitas destas ações – ainda que haja (e pode mesmo de fato haver! Aliás, em alguns os indícios são bem presentes) irregularidades nos contratos – causaram prejuízos diretos à população. É o caso dos serviços do Ipaseal Saúde, por exemplo. Além deles, o transporte escolar que gerou até protesto e um polêmico projeto de Passe Livre que até este momento não ficou bem explicado.
Tanto é assim que o próprio governador Renan Filho se viu na necessidade de adiar o ato de sancionar a lei do Passe Livre para melhor discuti-lo com a sociedade. Outros serviços do Estado também passam por problemas semelhantes.
Enfim, situações do início do governo que se acumulam e ainda não foram bem explicadas para a sociedade. Em meio a tudo isto, recentemente, o governador Renan Filho se reuniu com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O encontro ocorreu na quarta-feira, em Brasília.
A informação que uso agora foi dada pelo blogueiro e jornalista Edivaldo Júnior – em seu blog na Gazetaweb. Na pauta, a autorização para que Alagoas contrate empréstimo com o Banco Mundial. Se havia uma crítica forte da oposição que era feita ao governo do ex-chefe do Executivo, Teotonio Vilela Filho (PSDB), esta era em relação aos empréstimos.
Por várias vezes, por exemplo, o senador Fernando Collor de Melo (PTB) – aliado de Renan Filho – bateu nesta tecla.
Uma pontuação óbvia era feita: os empréstimos pesavam sobre a dívida pública do Estado que já era alta. O que – convenhamos – faz todo o sentido. Os empréstimos – para terem frutos produtivos – precisam ser aplicados em áreas essenciais que ajudem o Estado a produzir mais, ser mais eficaz e eficiente em suas ações, assim consiga se transformar em um investimento. Caso contrário, mais uma conta para os alagoanos que vivem em um Estado de “cobertor curto” e com necessidades de cortes de gastos, como anunciou o próprio governador.
Com base no que diz Edivaldo Júnior, o empréstimo – de mais de R$ 300 milhões – foi negociado ainda na gestão anterior, mas agora Renan Filho busca este recurso para projetos previamente negociados com o Banco Mundial. Pois bem, seria interessante que o governo detalhasse tais projetos que se darão em “linhas de investimentos”. Outra questão: em quais condições este valor será pago.
Alagoas já sangra bastante com a dívida pública que possui e com o déficit estrutural que foi anunciado por este atual governo. Caso seja de fato esta cifra, seria importante para alagoanos saber mais detalhes sobre a aplicação deste valor citado por Edivaldo Júnior em seu blog. Não se trata aqui de qualquer crítica, mas de um pedido de detalhamento da informação já divulgada pela mídia.
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