Segundo o colunista Lauro Jardim – da Revista Veja – o clima esquentou entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros (PMDB). Claro que as informações são de bastidores, mas refletem – de certa forma – como tem sido conviver com a tensão que ronda os corredores de Brasília (DF), no que vem sendo denominado como “tempestade perfeita”.
De um lado a Operação Lava-Jato que atinge o Congresso Nacional. Do outro, as medidas de ajuste fiscal que dependem do Legislativo e estão diretamente associadas à crise político-econômica que o país enfrenta. Este contexto colocou em rota de colisão o ministro Levy e o senador Renan Calheiros.
Segundo Lauro Jardim, ontem os dois conversaram por 40 minutos em uma ligação telefônica. Levy teria ligado em uma “missão de paz” e mencionado a reunião com o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), que é filho do presidente do Senado. Renan teria devolvido da seguinte forma: “Ministro, eu sou presidente do Congresso, não sou governador de Alagoas”.
A conversa não teria sido das melhores. Calheiros tem – conforme bastidores – reclamado aos mais próximos que o governo federal tem usado da chantagem: se o peemedebista não ajudar ao Executivo, quem poderá sofrer é o Estado em retaliação devido às dependências que possui em relação ao governo federal. Será?
Nos corredores do Palácio do Planalto, o que dizem é que o senador Renan Calheiros pediu um “tratamento diferenciado” ao governo de Alagoas diante da situação difícil em que o Estado se encontra. Informações de bastidores indicam uma tensão forte entre o presidente do Senado e o Executivo federal.
Ao devolver a Medida Provisória de Dilma Rousseff (PT) recentemente, Renan Calheiros negou que estivesse agindo contra alguém, mas em favor do Legislativo para que as funções deste não fossem usurpadas. É a tempestade perfeita...inclusive nas informações que circulam pelos bastidores.
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