O chão de Brasília tremeu com a chegada da lista – ainda em segredo de Justiça – dos supostos políticos envolvidos na Operação Lava Jato ao Supremo Tribunal Federal (STF). Por enquanto, apenas especulações em relação aos nomes dos 54 alvos dos pedidos de inquéritos feitos pela Procuradoria Geral da República.

Diante das especulações, os políticos citados – nos bastidores – se encontram em uma “sinuca de bico”, se defender ou não diante das incertezas sobre o pedido de investigação? Por enquanto, a imprensa nacional especula em relação aos nomes do senador Fernando Collor de Mello (PTB), do senador Renan Calheiros (PMDB) e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

Todos alegam inocência. A lista – pelo que se coloca em Brasília – trará nomes do PMDB, PT e PP. Outros partidos também podem surgir. Sobre o assunto, o deputado federal alagoano João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade) – que é um dos membros da Comissão de Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades da Petrobras – cobra, publicamente, que o Supremo Tribunal Federal torne pública a lista como uma forma de garantir “transparência e evitar especulações que atrapalham, inclusive, o trabalho da CPI, por colocar a Comissão em suspeição”.

“O clima é de expectativa aqui no Congresso. Tem muita gente alvo destas especulações. É preciso que o STF torne públicas estas informações, até mesmo para possibilitar que algumas pessoas possam se defender e não fique nesta tensão de bastidor”, salientou João Henrique Caldas, em conversa com este blogueiro.

A lista – conforme informações divulgadas pela imprensa nacional – deve conter senadores, deputados, governadores e ministros de Estado. Esta é a razão do procurador-geral pedir à Corte autorização para abertura de inquérito. Os governadores envolvidos serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O procurador-geral Rodrigo Janot requereu ainda a derrubada do segredo de justiça em relação aos pedidos de inquérito. A decisão caberá ao ministro Teori Zavascki, que é o relator das apurações da Operação Lava Jato no STF. A tendência é que derrube o sigilo de todos os inquéritos, conforme o pedido de Janot. Somente após essa decisão é que os nomes dos políticos investigados poderão ser divulgados.

“É importante que o ministro Teori Zavascki decida isto o quanto antes para dar oportunidade de defesa e colocar nomes certos neste processo político. Do jeito que se encontra, como citei, coloca em suspeição a própria CPI da Petrobras”, finalizou. 

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