Comentei aqui neste blog sobre uma nota divulgada pelo jornalista de Veja, Lauro Jardim, em que era destacado o não repasse dos valores dos empréstimos consignados às instituições financeiras, mesmo com o valor tendo sido descontado dos salários dos servidores.

Lauro Jardim destacou que o governo de Renan Filho (PMDB) – diante disto – tinha “entesourado” R$ 50 milhões fruto de apropriação indébita. Ainda no sábado, recebi informações da Secretaria Estadual da Fazenda sobre o assunto.

De acordo com a Secretaria (já da gestão de Renan Filho), “o governo do Estado de Alagoas está em dia com o repasse dos empréstimos consignados”. Por nota, a pasta coloca que a administração anterior não deixou em caixa recursos suficientes para o repasse referente aos meses de novembro e dezembro de 2014, “no montante aproximado de R$ 60 milhões. Esse valor faz parte do passivo de R$ 300 milhões deixado sem cobertura financeira pela gestão passada”.

Seria mais uma herança do governo de Teotonio Vilela Filho. O atual governo de Renan Filho ainda complementa: “A Secretaria de Estado da Fazenda repassou, em janeiro de 2015, às instituições financeiras o valor correspondente ao mês de novembro de 2014. Resta o saldo relativo a dezembro, cujo parcelamento está sendo negociado pela Fazenda com as instituições financeiras, sem constituir inadimplência”.

O ex-governador Teotonio Vilela Filho fez algumas colocações em relação ao assunto, ao entrar em contato com este blogueiro. De acordo com o tucano, “o repasse dos empréstimos consignados, uma operação continuada do Estado e contratualmente com vencimento no mês posterior, sempre foi feito de um mês para outro, no período de 2007 a 2014, sem atrasos”.

O ex-governador diz ainda que no último mês de dezembro de 2014, “havia em conta um saldo de R$ 39 milhões, recursos suficientes para pagamento dos consignados de novembro. O repasse não foi feito nessa data porque as instituições bancárias, em final de ano, fecham no dia 30 de dezembro e só reabrem no dia 2 de janeiro”.

“Em janeiro de 2015, ainda proveniente da arrecadação de dezembro, ou seja, do governo tucano, o Estado tinha em sua conta R$ 320 milhões, valor suficiente para repassar aos bancos os consignados de dezembro e pagar outras despesas continuadas do mês de dezembro”, rebate ainda.

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