O Ministério Público Estadual (MPE/AL) decidiu – em reunião do Conselheiro Superior do órgão ministerial – pelo não arquivamento do inquérito que apura envolvimento dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL) nos fatos da Operação Rodoleiro, desencadeada em 2011, e que apontou irregularidades e desvios de recursos na Corte de Contas estadual.

A decisão se deu na tarde de hoje, dia 02. Agora, conforme decisão do Conselho, serão realizadas novas diligências para apurar envolvimento destes nos desvios que pode ter chegado a R$ 100 milhões. A decisão se deu por unanimidade.

O procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, apontou – ao falar sobre a ação – que há depoimentos que apontam para o fato de conselheiros terem recebido “maços de dinheiro” e que os valores entram entregues em envelopes para não chamar a atenção.

Jucá ainda lembra que, conforme o despacho da Procuradoria Geral da República, não haveria como ter a participação de servidores sem que os conselheiros soubessem do esquema. As ponderações de Sérgio Jucá – na reunião – foram acompanhadas pelo procurador Lean Araújo. Estes foram os argumentos para rejeitar o pedido de arquivamento feito pelo promotor Sidrack Nascimento.

Não há nomes de conselheiros apontados até então. Durante a Operação Rodoleiro, a Polícia Federal identificou um esquema que fraudava as restituições de Imposto de Renda de servidores do Tribunal de Contas do Estado. O dinheiro teria sido utilizado em empresas, dentre as quais uma academia de ginástica, e na compra de cavalos de raça.

O esquema foi descoberto por meio de um cruzamento de dados – feito pela Receita Federal – que desconfiou da existência de irregularidades. Na época, o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, era o ex-conselheiro Isnaldo Bulhões. 

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