Por que investir na bolsa de valores?

27/02/2015 08:54 - Minuto Dinheiro
Por Márcio Raimundo
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Investir na Bolsa de Valores não é nenhum bicho de sete cabeças, mas ainda é um terreno desconhecido para a imensa maioria dos brasileiros. Há algumas razões para isso e a principal delas é de cunho econômico: a maioria da população não tem o hábito de poupar e, consequentemente, não sobra dinheiro para investir.

Mesmo entre os que têm dinheiro para investir ainda existe a percepção de que Bolsa de Valores é somente para quem tem muito dinheiro e/ou muito conhecimento do mercado de ações. Outros ainda pensam que a bolsa é cassino ou loteria e que dependeriam da sorte para ganhar dinheiro. Por conta disso, o número de investidores individuais na Bolsa de Valores de São Paulo é bem pequeno: pouco mais de 550 mil pessoas, bem abaixo da meta da BOVESPA, que é de 5 milhões de investidores pessoa física.

Para ajudar o leitor que pretende investir em renda variável, o Minuto Dinheiro inicia com esse artigo uma série educativa sobre a bolsa de valores. Um guia prático para mostrar ao leitor que, mesmo com pouco dinheiro é possível (e recomendável) investir na bolsa.

Por que investir na Bolsa?

Sabe aquela empresa lucrativa que você admira e sempre sonhou em ser dono? Pois é, investir na bolsa te dá a possibilidade de ser dono de um pequeno pedaço da companhia e, com isso, ter participação em seus lucros, além de poder ganhar na valorização da ação. É também uma forma de o investidor mais agressivo alcançar uma rentabilidade maior que na renda fixa.

Ao comprar uma ação, que é a menor fração do capital social de uma empresa, você se torna sócio minoritário daquela companhia e passa a deter direitos como participação e voto nas assembleias, recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio, bonificações e até mesmo o direito de indicar membros ao conselho de administração.

Para ter sucesso na bolsa de valores é preciso escolher bem as empresas e fazer um portfólio com ações de diferentes setores. Com o tempo e algum estudo você vai se acostumando ao mundo da bolsa, saberá qual o seu perfil de investidor e qual a melhor estratégia para seus investimentos.

Diferentemente do que a maioria pensa, não é preciso muito dinheiro para ingressar na bolsa de valores.  Através do serviço de compra programada, oferecido pela maioria das corretoras, você pode definir um pequeno montante que será debitado mensalmente e a corretora compra pra você a ação de sua preferência. Simples assim.

Por outro lado, não há qualquer garantia de que o valor investido terá um retorno positivo no curto, no médio ou no longo prazos. Diferentemente da renda fixa, onde a remuneração sobre o valor investido é previamente pactuada, na renda variável não há como prever o futuro. Por isso a importância de escolher bem as empresas, para que as chances de ganho sejam maiores. Com o passar dos anos, mesmo sem grandes aportes mensais, a tendência é que você acumule um bom capital em ações.

É importante saber que as oscilações fazem parte do mundo da bolsa de valores, por isso é preciso manter o sangue frio nas grandes depressões e conter a euforia nas valorizações. O verdadeiro investidor é aquele que compra ações de grandes empresas com o intuito de acumular riqueza no longo prazo. Quem compra e vende a todo momento apenas especula com o sobe e desce das ações e dificilmente acumula riqueza, pois a perda em algumas operações acaba anulando os eventuais ganhos.

Para fazer as operações de compra e venda de ações o investidor utiliza o home broker, uma plataforma eletrônica de fácil manuseio onde você opera sem precisar recorrer a corretor financeiro ou a gerente de banco. Nessa plataforma você pode colocar todas as ações que deseja visualizar e terá acesso às movimentações, gráficos e notícias do mercado financeiro  em tempo real.

O uso do home broker, embora possa assustar o leigo que nunca teve contato com o mercado financeiro, é extremamente simples e intuitivo. Além disso, todas as informações necessárias para o manuseio da plataforma estão contidas no site da corretora.

Para ter acesso ao mundo da bolsa de valores é necessário abrir uma conta em alguma corretora, que fará a ponte entre o investidor e a Bovespa. No segundo artigo dessa série ensinaremos como escolher e se cadastrar numa boa corretora de valores. Até lá!

 

* O texto reflete a opinião dos autores. O Minuto dinheiro e o Cada Minuto não se responsabilizam por lucros ou prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

 

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Ademir Cruz, formado em Ciências Contábeis, leitor habitual da literatura financeira, irá demonstrar como pode ser interessante o mundo das finanças pela ótica da Bolsa de Valores.

Márcio Raimundo, investidor da bolsa desde 2009; leitor assíduo de fóruns e portais de economia e finanças, mostrará que investir na bolsa é mais simples do que se imagina.

Ricardo Rolim, formado em Administração de Empresas e um curioso em investimentos no mercado de ações e no Tesouro Direto, onde mantém aplicações.

Rodrigo D'Avila, formado em Administração de Empresas. Investe desde 2006 no mercado financeiro e pretende compartilhar nesse espaço os conhecimentos e experiências adquiridas ao longo de todos esses anos.

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