De acordo com a Folha de São Paulo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pretende pedir apenas abertura de inquérito contra os políticos envolvidos na Operação Lava-jato, que apura as irregularidades envolvendo as empresas e a Petrobras. A matéria – que tem por fonte pessoas que possuem acesso às investigações – coloca ainda que a lista dos políticos suspeitos deve ser divulgada no dia 3 de março.
A abertura de inquérito prevê investigações com base na delação premiada e nos indícios de envolvimento. Vale frisar: os inquéritos não significam culpa dos envolvidos, mas um procedimento investigativo para apurar se as informações colhidas até então realmente comprometem os citados e se estes tiveram de fato envolvimento com o esquema criminoso que ocorre envolvendo a Petrobras.
O procurador, ainda segundo a reportagem, avalia que há elementos robustos para a denúncia. Entre os que podem ser alvo da abertura de inquérito está o senador Fernando Collor de Mello (PTB). Caso isto se confirme, ao invés de uma denúncia direta à Justiça, o petebista será antes alvo de um inquérito, portanto.
Collor é citado em matérias devido comprovantes de depósitos que apareceram em 2014 e – mais recentemente – devido ao fato de ser citado pelo doleiro Alberto Youssef. O senador – como já colocado neste blog – se defendeu por meio de nota e rechaçou qualquer tipo de envolvimento com Youssef, seja pessoal, político ou empresarial.
Fernando Collor também foi defendido pelo seu partido – o PTB – que demonstrou pela confiança no senador. Além disto, no dia de ontem, uma nota da Distribuidora Petrobras também negou negociações envolvendo embandeiramento de postos de combustíveis que tenham resultado em pagamento de propina para o petebista alagoano.
Segundo a Folha de São Paulo, não deve ser solicitada a abertura de inquérito contra políticos que são citados de forma indireta nos depoimentos: o chamado “por ouvir dizer”. É aguardar para saber qual é a lista apresentada pela Procuradoria Geral da República.
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