A Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas iniciou o ano legislativo no dia de ontem, 24. A nova Mesa Diretora assume com uma tarefa hercúlea: após oito anos de escândalos sucessivos colocar o parlamento estadual nos eixos, dando maior transparência e eficiência ao poder.
Desde a Operação Taturana – que apontou um desvio de mais de R$ 300 milhões na Casa – até os repasses sem explicação para os comissionados de luxo do parlamento estadual, as crise só se acumulam e se avolumam na Assembleia Legislativa.
Todavia, já iniciou o ano legislativo com indagações em relação às nomeações dos seus servidores comissionados. Até aqui mais de 400 nomes que, conforme o presidente da Casa de Tavares Bastos, deputado estadual Luiz Dantas (PMDB), são de responsabilidades de cada um dos parlamentares.
Indaguei a Dantas a razão pela qual o parlamento não divulga o nome dos comissionados por gabinete. Ele disse que era uma “sugestão que poderia ser acatada pela Mesa e que levaria esta proposta para discussão”. Diante dos acontecimentos que levaram à Assembleia ao descrédito por conta dos escândalos e indícios de malversação de dinheiro público como acreditar em uma nova Casa?
Fiz esta pergunta ao deputado estadual Isnaldo Bulhões (PDT) – que é o segundo-secretário do parlamento estadual - durante o início do ano legislativo. Lembrei ao deputado estadual que a Casa ainda é composta por muitos deputados que estavam na legislatura passada e pecaram ou por omissão, ou por ação mesmo.
Isnaldo Bulhões coloca: “o parlamento é o retrato do que a sociedade quer. Foi ela que escolheu os nomes que estão aqui. A única forma de acreditar na nova Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas é pelo perfil desta nova Mesa Diretora”.
De acordo com Bulhões, a Mesa tem tratado com seriedade o assunto e buscado reverter “uma herança lamentável de débitos volumosos que ficaram na Assembleia Legislativa”. “Esta Mesa vai buscar agir com responsabilidade para sanar estes débitos, adotar transparência em suas decisões”, finalizou.
Aguardemos.
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