O número por si só assusta e foi divulgado pela própria Câmara Municipal de Maceió. De acordo com nota divulgada pela Casa de Mário Guimarães, o parlamento-mirim encaminhou para o Ministério Público Estadual mais de 1.700 páginas para justificar as faltas dos vereadores da capital alagoana.

Era para ter tocado neste assunto antes, mas diante de outras pautas resolvi esperar o posicionamento do MPE para falar do assunto. Eis que – mesmo diante de documento tão volumoso – a promotora Marluce Caldas avaliou ainda que tais informações prestadas pela Câmara Municipal de Maceió são insuficientes.

É de se indagar: com 1.700 páginas para falar das justificativas de faltas por qual razão ainda seriam insuficientes tais dados? Como o parlamento-mirim não consegue ser claro em relação às justificativas em um relatório que deve conter muitos elementos para preencher tanto papel.

Por outro lado, a quantidade de página reafirma o tanto de faltas dos edis em 2014. Quem faz esta reflexão é própria promotora em entrevista ao jornal Tribuna Independente: “isso é estarrecedor, foi preciso 1700 páginas para justificar. Isso só confirma que houve muitas faltas no ano de 2014”. Pois é.

Em 2014, a Mesa Diretora da Casa era presidida pelo vereador Francisco Holanda Filho, o Chico Filho (PP).

Reforça o levantamento que foi apontado pelo jornal CadaMinuto Press, em matéria do jornalista Davi Soares. De acordo com a Câmara Municipal de Maceió, até o momento o Legislativo não recebeu comunicação oficial do MP sobre insuficiência na documentação.

O parlamento-mirim – ainda na nota – reforça que responderá “prontamente qualquer nova solicitação do Ministério Público Estadual”. Esta postura já havia sido assumida – inclusive – pelo presidente da Casa, o vereador Kelmann Vieira (PMDB). Ele destacou que o parlamento-mirim não tem o que esconder e ressaltou a transparência de sua gestão. 

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