Diante dos números da economia, com possibilidade de recessão, crise e outros problemas, o presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA), José Carlos Lyra se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL) e com o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade.
Na pauta: buscar medidas para sair da estagnação da indústria no país e em Alagoas. José Carlos Lyra e Robson Andrade cobram do Legislativo que assuma uma agenda positiva incluindo pautas que possam ajudar a melhorar o setor. O presidente da FIEA disse, em entrevista ao site Política Real, que há “uma grande preocupação” com a estagnação da economia brasileira.
Lyra – ainda segundo o Política Real – classificou a Petrobras “como o carro chefe de um monte de indústrias, naval e metalúrgica. Então tudo parou. Ninguém está recebendo as contas. Os contratos foram parados”.
Ou seja: crise na Petrobras agravou a situação da indústria naval e da metalúrgica. “O país não pode parar e está parado”, enfatizou. O presidente da FIEA também mostrou preocupação em relação ao setor sucroalcooleiro. Alagoas possuía 27 usinas em funcionamento. Atualmente são 18.
A Confederação Nacional das Indústrias, bem como a Federação das Indústrias de Alagoas, sugerem que Renan Calheiros – enquanto chefe do Poder Legislativo – possa se reunir com todos os setores da economia diante da situação atual.
Lyra tem a expectativa de que Calheiros seja um interlocutor com a presidente Dilma Rousseff (PT) para tentar sensibilizar a presidente, diante do fato do peemedebista ser um aliado de primeira grandeza.
José Carlos Lyra também falou sobre a situação da indústria em Alagoas. De acordo com ele, há uma preocupação vital com o setor sucroalcooleiro que está em crise “há três anos”. Outro assunto, segundo Lyra, também relevante é a manutenção dos contratos de energia com a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). “As indústrias de Pernambuco, Alagoas e da Bahia, se não forem mantidos esses contratos que querem que essas indústrias vão para o mercado livre será um desastre”, disse Lyra.
A CNI também pretende lutar para “melhorar o ambiente de negócios não só da indústria, mas de outros setores” e para isto conta com uma pauta de legislações a serem discutidas. “E que essas medidas tragam impactos na arrecadação do governo brasileiro e dos estados sem que traga redução dos salários dos trabalhadores, mas que possa reduzir o custo Brasil de uma forma bastante eficiente”, enfatizou Andrade.
A preocupação se dá diante de dados – como do IBGE – que mostrou um recuo de 3,2% no emprego da indústria em 2014. “Quem sofre mais é o trabalhador, que perde o emprego e tem que buscar um novo em situação desvantajosa porque o mercado não está bom”, disse o presidente da CNI.
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