O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB/AL), se reelegeu ao comando da Mesa Diretora da Casa se mantendo distante dos holofotes da imprensa. Calheiros - conforme informações de bastidores - não queria que denúncias antigas fossem “requentadas” na mídia nacional. 

O peemedebista também não queria que novas denúncias surgissem, o que poderia atrapalhar seus planos. Ele se manteve nas articulações de bastidores até o momento em que o PMDB foi obrigado a sair do “imobilismo” em função do surgimento de outras candidaturas, como a que se concretizou: Luiz Henrique (PMDB/SC).

A disputa mostrou um Renan Calheiros distante da margem de favoritismo que muitos pregavam. Esperava-se - os mais próximos ao peemedebista alagoano - que ele tivesse o apoio de mais de 60 senadores. Todavia, foi reeleito em um processo apertado e olhe que foi por pouco tempo que teve um “adversário”. 

E se Renan Calheiros tivesse enfrentando uma campanha semelhante a que ocorreu na Câmara de Deputados, com candidatos à presidência tendo que ter plataforma de campanha para assumir o comando da Casa? Por lá, venceu o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB). Se fosse semelhante no Senado, quão trabalho Renan Calheiros teria?

Entre as denúncias novas que podem surgir no início desta atual legislatura, são muitos os parlamentares que acompanham os jornais diários apreensivos em relação aos desdobramentos da Operação Lava Jato. “Quem tem medo da Lava Jato?”, eis a pergunta que corre pelos corredores de Brasília (DF).

Renan Calheiros já teve seu nome citado em reportagens nacionais. Mas o peemedebista alagoano já mandou avisar em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira: “chance zero” dele estar envolvido com “essa gente”. 

Se o “esta gente” for os empreiteiros, vale lembrar: são doadores de campanha. Se o “esta gente” for o núcleo político da Operação Lava Jato, a tendência é que apareçam muitos “amigos” de Renan Calheiros na lista. 

Se for “esta gente” referência apenas ao doleiro Alberto Youssef já se falou até de um encontro entre o doleiro e o governador Renan Filho (PMDB), que é filho de Renan Calheiros. Quanto ao senador alagoano, a ex-contadora do doleiro Meire Poza afirma - em depoimento à CPI Mista - que Renan Calheiros manteve negócios com Youssef. 

O peemedebista afirma: “a chance de que eu possa ter tido encontro com essa gente é zero. Absolutamente zero, nenhuma chance”, respondeu. “A chance de ter cometido algo nessa direção é absolutamente zero”, continuou. 

“Não sei quem é, nunca ouvi falar, só pelos jornais o desdobramento. Então, a chance é absolutamente zero”, pontuou ainda.

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