De acordo com informações da Agência Senado, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB/AL), não terá vida fácil no que depender da oposição.
A insatisfação dos opositores ao governo federal foi demonstrada com toda “força” nas eleições para os demais cargos da Mesa Diretora. Por não concordarem com os métodos usados por Calheiros para compor o comando da Casa, os senadores PSDB, Democratas e PSB se retiraram do plenário.
O restante da Mesa foi eleito com a presença de 49 senadores. Para quem esperava que Renan Calheiros tivesse uma vitória na disputa pela presidência com amplo favoritismo (ou seja: mais de 60 votos) também teve que assistir a uma disputa apertada. Renan Calheiros foi eleito com 49 votos.
A oposição acusa Renan Calheiros de uma “manobra governista” para que a Mesa Diretora fosse composta apenas de partidos aliados do governo federal. Mais que isto: por aqueles que aprovaram a sua reeleição à presidência do Senado.
A insatisfação – conforme informações da Agência Senado – vai levar o Democratas a ajuizar um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a eleição da Mesa do Senado Federal, que ocorreu no último dia 4 de fevereiro. Ronaldo Caiado (Democratas/GO) – que comanda este “levante” contra Calheiros – argumenta o “desrespeito ao critério da proporcionalidade”.
Ronaldo Caiado afirma que Calheiros agrediu as minorias porque a composição da Mesa Diretora do Senado Federal não pode ser por um acordo. Uma das reclamações, por exemplo, diz respeito ao fato de Gladson Cameli (PP/AC) ter sido escolhido para ser o terceiro-secretário em uma chapa única aprovada por 46 votos a 2 (houve uma abstenção).
Devido a isto, o Democratas abriu mão do cargo da suplência, não indicando um nome. O mandato de segurança ainda exemplifica que o PSDB – com a terceira maior bancada da Casa – ficou fora da composição da Mesa Diretora.
Ronaldo Caiado falou à Agência Senado: “estou entrando com um mandado de segurança para resgatar o direito das minorias. Não podemos assistir ao Senado patrocinar algo que jamais havia sido feito nesta Casa: um verdadeiro estupro, acinte e escárnio. Simplesmente tudo acertado e o número de parlamentares de cada partido foi desrespeitado. Isso aqui não é uma casa de propriedade particular do presidente”.
Quem já se posicionou defendendo a condução da votação por parte de Renan Calheiros foi o petista Humberto Costa, eleito senador por Pernambuco. “Acho que é uma coisa sem futuro porque na verdade todas as decisões que foram tomadas foram de acordo com o que a Constituição prescreve e de acordo também com o que o Regimento Interno prescreve. Vejo poucas possibilidades de uma decisão do Supremo em um assunto que é interno do Senado Federal”.
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